O governo do Uruguai vai buscar o apoio da Argentina e do Brasil para reverter a classificação do país como paraíso fiscal. Na cúpula do G-20, que ocorreu em Cannes na semana passada, o presidente da França, Nicolas Sarkozy , incluiu o Uruguai entre os países que não possuem legislações eficientes de combate à lavagem de dinheiro e à evasão de divisas. A afirmação provocou uma crise diplomática entre Montevidéu e Paris.
O presidente do Uruguai, José Mujica, chegará amanhã ao Rio Grande do Sul para uma visita oficial de dois dias e aproveitará a oportunidade para se reunir com a presidente Dilma Rousseff. Na sexta-feira (11/11), em viagem a Argentina, ele se encontrará com Cristina Kirchner. As informações são da agência Ansa.
Segundo o jornal uruguaio Últimas Notícias, o governo acredita que o Brasil apresentou um relatório ao G-20 pedindo que o Uruguai permaneça na lista cinza de paraísos fiscais da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico). Tanto Dilma como Cristina estiveram presentes na Cúpula e não se manifestaram em relação às declarações de Sarkozy.
Na última sexta-feira, Sarkozy disse que “Antígua e Barbuda, Barbados, Botsuana, Brunei, Panamá, Seicheles, Trinidad e Tobago, Uruguai e Vanuatu não têm um marco jurídico adaptado aos intercâmbios de informação fiscal”.
A crise diplomática será analisada hoje pelo Conselho de Ministros uruguaio, que receberá comunicados do chanceler Luis Almagro, do ministro da Economia, Fernando Lorenzo, e do embaixador uruguaio em Paris, Omar Mesa, que foi chamado em consulta e chegou a Montevidéu nas últimas horas.
NULL
NULL
NULL