O grupo de observadores da Liga Árabe entregou neste domingo (08/01) ao órgão um relatório preliminar, no qual afirma que a violência continua na Síria. Além disso, os observadores denunciaram também que o governo do presidente Bashar al Assad segue promovendo violações aos direitos humanos e mantém as forças militares nas ruas das cidades.
O grupo de observadores foi enviado à Síria no último dia 22 de dezembro para averiguar as condições do país, que desde março de 2011 enfrenta conflitos entre as forças de seguranças e a população. Os manifestantes pedem a saída de Assad do poder.
Segundo a Agência Efe constatou por meios de fontes diplomáticas, o relatório apresenta denúncias de que veículos do Exército continuam nas ruas das cidades visitadas. Os observadores afirmam ainda ter visto corpos nas ruas, além de presenciarem imagens de manifestantes sendo mortos a tiros.
O grupo denuncia também que sofreu “assédio” por parte do governo e também da oposição para que prevalecessem as respectivas opiniões nos relatórios que seriam feitos posteriormente. Outra denúncia diz respeito ao paradeiro desconhecido de prisioneiros, que poderiam até mesmo estar mortos, segundo o documento.
O relatório foi apresentado neste domingo ao secretário-geral da Liga Árabe, Nabil el-Araby. O grupo recomendou a continuidade dos trabalhos, mas pediu a ajuda de mais observadores, além de equipamentos tecnológicos modernos. Por fim, os observadores denunciaram também as dificuldades dos meios de comunicação críticos ao regime para apurar informações.
Ainda neste domingo, um grupo da Liga Árabe irá analisar o relatório dos observadores para determinar quais serão os próximos passos a serem tomados. A visita de observadores internacionais faz parte de um acordo entre a Síria e a Liga Árabe para acabar com a violência no país.
Depois de sofrer com algumas sanções do organismo árabe, a Síria aceitou a entrada do grupo de observadores. O governo alega que não está fazendo o uso da violência. Além disso, Assad afirma que está lidando com grupos terroristas e não com civis.
*Com informações da Agência Efe
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