Um físico francês do Conselho Europeu para a Pesquisa Nuclear, instituição responsável pelas pesquisas conduzidas no LHC, o maior acelerador de partículas do planeta, foi condenado nesta sexta-feira (06/05) a cinco anos de prisão por seu suposto envolvimento com membros da rede terrorista Al Qaeda.
Segundo a sentença proferida pela justiça francesa, Adlene Hicheur, de origem algeriana, pretendia se tornar um integrante ativo de braços da Al Qaeda que atuam no norte da África. Diversas correspondências entre o cientista e um possível membro da Al Qaeda, Mustapha Debchi, foram interceptadas pelo serviço secreto da França. Em 2009, ele foi preso por enviar ameaças por e-mail ao presidente Nicolas Sarkozy e, desde então, aguardava por seu julgamento em uma unidade de detenção de Paris.
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Por sua vez, a defesa argumentou durante a sessão que seu cliente nunca fez parte de nenhuma conspiração terrorista. Logo no início da audiência, o réu alegou às autoridades que à época em que trocou mensagens com supostos membros da Al Qaeda estava passando por um momento “psicologicamente turbulento”. Ele teria sofrido de uma séria doença das costas, que o obrigou a consumir morfina, forte anestésico capaz de gerar dependência química.
Patrick Baudouin, advogado do réu, descreveu o verdito como “escandaloso”, pois “foi feito de tudo para demonizá-lo”. Hicheur ainda não decidiu se irá recorrer da decisão. Caso decida cumprir a pena de cinco anos, seu bom comportamento pode reduzir o período de detenção.