Ao menos quatro pessoas morreram e 13 ficaram feridas neste domingo (08/01) após um caminhão avançar sobre pedestres israelenses em Jerusalém Oriental, no que as autoridades consideram um ataque deliberado.
O motorista morreu baleado pelas forças de segurança após avançar com o caminhão contra um grupo de soldados israelenses que desciam de um ônibus em uma calçada próxima à Cidade Antiga de Jerusalém.
A agência de notícias palestina Maan identificou o motorista como Fadi Ahmad Hamdan, palestino residente do bairro de Jabal Mukaber, adjacente ao lugar onde aconteceu o ataque, perto do assentamento israelense de Armon Hanatziv, no território palestino ocupado da região oriental de Jerusalém.
Agência Efe
Pelo menos 4 pessoas morreram e 13 ficaram feridas em ataque; motorista foi morto pela polícia
As autoridades não confirmaram a identidade das vítimas mortais, mas veículos de comunicação locais informaram que os quatros mortos – três mulheres e um homem, todos com pouco mais de 20 anos – são soldados.
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Dos feridos, três se encontram em estado grave, um está em situação moderada e os demais com ferimentos leves, e todos eles foram transferidos a hospitais da cidade após o ataque.
Segundo testemunhas e imagens do ataque registradas por uma câmera de segurança, após atropelar os pedestres uma primeira vez, o motorista deu marcha à ré no veículo e voltou a atingir vários deles. Vários dos pedestres atropelados ficaram presos debaixo do caminhão.
Este ataque é o primeiro na região com vítimas mortais israelenses desde outubro do ano passado. Desde outubro de 2015, quando começou a chamada “intifada das facas”, morreram 246 palestinos e 40 israelenses, além de duas pessoas dos EUA, uma da Jordânia, uma da Eritreia e uma do Sudão, segundo a agência de notícias AFP. A maioria dos incidentes consiste em pessoas palestinas agindo sozinhas atacando pessoas israelenses com facas ou outras armas brancas. Mais de dois terços dos palestinos mortos foram baleados após realizar ou ao tentar cometer ataques.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, porém, afirmou que “tudo indica que o agressor seja um simpatizante do Estado Islâmico”, conectando o ataque deste domingo em Jerusalém Oriental àqueles realizados em Nice, na França, em julho, e em Berlim, na Alemanha, em dezembro, que foram reivindicados pelo grupo extremista.
*Com Agência Efe