O prédio do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela foi incendiado nesta segunda feira (12/06) por manifestantes opositores ao governo do presidente Nicolás Maduro. Os protestos ocorreram após o TSJ negar um recurso apresentado pela procuradora-geral, Luísa Ortega, que pedia o cancelamento da Assembleia Constituinte convocada pelo governo.
Segundo a agência France Presse, grupos encapuzados atiraram pedras e coquetéis molotov contra o prédio da Direção Executiva da Magistratura, no bairro de Chacao, em Caracas, e iniciaram um incêndio na fachada do edifício. Após a notícia de que o tribunal tinha negado o recurso de Ortega contra a Constituinte, os protestos acabaram em confronto no entorno do prédio do TSJ, entre opositores e defensores do governo.
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Agência Efe
Protestos já duram 73 dias e contabilizam 67 mortos em episódios violentos
O TSJ afirmou que o recurso proposto pela procuradora não é admissível por “acumular em um mesmo libelo pretensões de nulidades de atuações emanadas de diferentes órgãos do Poder Público, cujo conhecimento corresponde a jurisdições distintas”. O Tribunal ainda considerou “inadequado” se pronunciar sobre a medida cautelar apresentada por Ortega para suspender os efeitos do processo constituinte.
Os bombeiros foram chamados ao local para conter o incêndio e a Guarda Nacional dispersou os manifestantes usando bombas de gás lacrimogênio. O TSJ se pronunciou no mesmo dia, afirmando que deixará de funcionar no prédio, por considerar o bairro de Chacao “um território sem lei”.
Os protestos na Venezuela já duram 73 dias e 67 pessoas já morreram devido a episódios violentos envolvendo manifestantes. De acordo com o Ministério Público, mais de mil pessoas ficaram feridas decorrentes de confrontos em protestos.