Trinta militares do Exército de Israel se recusaram a participar da invasão em Rafah, na fronteira de Gaza com o Egito, alegando não serem mais capazes de servir suas posições devido à exaustão.
Segundo o jornal indiano Hindustan Times, o exército israelense “finalizou seu plano” para invadir Rafah, mas “enfrenta obstáculos na própria casa” ao mencionar a notícia veiculada primeiramente pelo Canal 12 israelense.
O diário informou que os oficiais são 30 paraquedistas reservistas que se recusaram a preparar a operação em Rafah após serem anexados à brigada regular.
“Os soldados informaram seus comandantes que não se juntariam às unidades designadas porque estavam exaustos e sem capacidade de servir”, informou o Hindustan Times.
O bem-estar mental dos oficiais, que participaram ativamente da incursão na Faixa de Gaza, também foi motivo de preocupação das famílias dos reservistas, em meio às ameaças de Israel em invadir Rafah à procura de alvos do grupo palestino Hamas.
Segundo o Canal 12, as Forças de Defesa Israelenses (FDI) não devem forçar os reservistas a participarem da invasão, mas suas decisões “tampouco prejudicam os planos de invasão”.
A situação dos soldados contrasta com a decisão de Israel. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse nesta terça-feira (30/04) que seu exército vai invadir Rafah independentemente de um eventual acordo com o Hamas para uma trégua provisória.
“A ideia de colocar fim à guerra antes de alcançar todos os nossos objetivos é inaceitável. Nós entraremos em Rafah e aniquilaremos todos os batalhões do Hamas, com ou sem acordo, para obter uma vitória total”, afirmou o mandatário.
Tanques já estão posicionados na fronteira sul de Gaza, a menos de 10 quilômetros de Rafah, e aguardam apenas autorização para iniciar a incursão.
(*) Com Ansa