A ONU investiga um ataque aéreo acontecido nesta quarta-feira (23/08) na cidade de Arhab, no Iêmen. O ataque atingiu um hotel e matou, no mínimo, 41 civis. Conduzido pelas forças de coalizão sauditas, o ataque tinha como alvo rebeldes houthis.
Segundo moradores da região, que fica a 35km da capital iemenita Sanaa, não haviam rebeldes nem atividade militar nas proximidades do hotel atingido.
Até o momento, a rede de televisão Almaseera, controlada pelos houthis, confirmou a morte de 41 pessoas, 16 feridos e 13 desaparecidos.
De acordo com testemunhas, os ataques aconteceram em dois momentos, atingindo primeiramente o hotel e, em seguida, um portão que levava ao prédio.
Segundo o porta-voz do secretário-geral da ONU, Stephane Dujarric, as Nações Unidas foram “informadas pela coalizão saudita de que eles evitariam ao máximo baixas civis”, mas no entanto “o que nós vimos continuamente no Iêmen é que as partes no conflito estão infligindo danos aos iemenitas”.
“É evidente que qualquer ataque a civis é inaceitável. Essa é a mensagem que nós temos repetido e continuaremos repetir”, completou Dujarric.
Agência Efe
41 civis morreram em cidade próxima a capital do Iêmen
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Ataques aéreos
A coalizão de forças saudita tem sido acusada de coordenar ataques aéreos em pontos civis no Iêmen. Segundo o chefe humanitário das Nações Unidas, Stephen O’Brien, o número de ataques aéreos por mês é agora três vezes maior do que no ano de 2016. Para O’Brien, o conflito no país é “deplorável, evitável, uma completa catástrofe feita pelo homem”.
Nesta segunda-feira (21/08), o embaixador da Arábia Saudita na ONU, Abdallah Al Mouallimi, afirmou perante acusações de bombardeios aéreos contra civis que “qualquer vida perdida neste conflito é demais”. “Nosso esforço será para continuamente melhorar nossos procedimentos e nossa conduta no conflito”, disse Al Mouallimi.