O governo dos Estados Unidos negou nesta segunda-feira (25/09) ter declarado guerra à Coreia do Norte e advertiu que Pyongyang não tem direito de disparar contra seus aviões quando estiverem sobre águas internacionais, em resposta à ameaça do ministro de Relações Exteriores norte-coreano, Ri Yong-ho.
“Não declaramos a guerra à Coreia do Norte, e francamente, sugerir isso é absurdo”, disse a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, em uma entrevista coletiva.
“Nunca é apropriado que um país dispare contra as aeronaves de outro país quando se encontram sobre águas internacionais”, acrescentou.
Uma porta-voz do Departamento de Estado, Katina Adams, completou em declarações à Agência Efe que “nenhum país tem direito de disparar sobre as aeronaves ou barcos de outro país em espaço aéreo internacional ou águas internacionais”.
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As porta-vozes reagiram assim às declarações do ministro de Relações Exteriores norte-coreano, Ri Yong-ho, que hoje indicou em Nova York que seu governo se reserva “o direito de derrubar bombardeiros estratégicos americanos ainda que não estejam dentro do espaço aéreo” da Coreia do Norte.
Ri também acusou o presidente americano, Donald Trump, de ter declarado guerra à Coreia do Norte durante seu discurso da semana passada perante a Assembleia Geral da ONU, na qual ameaçou “destruir totalmente” o país asiático.
A porta-voz de Trump insistiu que o objetivo da Casa Branca segue sendo a “desnuclearização” da Coreia do Norte, e não uma guerra com essa nação.
Agência Efe
Porta-voz da Casa Branca afirmou ser absurdo sugerir que EUA declarou guerra contra Coreia do Norte
No entanto, o Pentágono assegurou nesta segunda-feira que está preparado para oferecer “opções” militares a Trump se a Coreia do Norte continuar com suas “ações provocativas”.
A Coreia do Norte foi alvo de sanções tanto dos Estados Unidos como da ONU por persistir no programa balístico e nuclear que vem desenvolvendo há mais de dez anos, violando as disposições das Nações Unidas.
Neste domingo (24/09), a Casa Branca anunciou novas sanções, ao incluir a Coreia do Norte em um grupo de oito nações com restrições para poder viajar aos Estados Unidos.