Cientistas do centro de pesquisa militar de Porton Down, no Reino Unido, afirmaram nesta terça-feira (03/04) que não foi possível comprovar que composto presente no caso de envenenamento de Sergei e Yulia Skripal sejam de origem russa.
“Fomos capazes de identificá-lo como Novichok [A-234], para identificar que era um agente nervoso de nível militar. Nós não identificamos a fonte precisa, mas fornecemos as informações científicas para o governo, que usou uma série de outras fontes para juntar as conclusões”, disse Gary Aitkenhead, chefe-executivo do laboratório à emissora Sky News.
“É nosso trabalho fornecer as evidências científicas do que é esse agente nervoso específico. Nós identificamos que é dessa família em particular [novichok] e que é de uma classe militar, mas não é nosso trabalho dizer onde ela foi fabricada”, afirmou.
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Componente idenficado como Novichok foi usado para envenenar ex-espião russo Sergei Skripal e sua filha Yulia
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Segundo Aitkenhead, para comprovar a origem do composto, serão necessários “novos insumos” para que sejam feitos outros testes. Ele também afirmou que a substância não foi produzida em Porton Downb.
Caso
No dia 4 de março, o ex-espião russo Sergei Skripal e sua filha Yulia foram encontrados inconscientes na cidade inglesa de Salisbury. Os dois foram envenenados por um a gente nervoso. Uma investigação da polícia britânica apontou que o novichok foi o veneno usado. Londres alegou que o veneno seria de origem russa.
O caso foi responsável por abrir uma crise diplomática entre o país e Moscou, fazendo com que os Estados Unidos e ao menos outros 19 países, a maior parte deles da União Europeia, expulsassem diplomatas russos. Na última quinta-feira, a Rússia respondeu à decisão dos países, expulsando 60 diplomatas norte-americanos e fechando o consulado dos EUA em São Petersburgo.