O Ministério de Relações Exteriores de Israel reprovou o embaixador de Honduras no país, José Isaias Barahona, devido a intenção de seu país de apoiar o reconhecimento dos territórios palestinos como estado independente na ONU e pediu retratação, informaram nesta quinta-feira (04/08) fontes oficiais israelenses.
No domingo (31/07), o embaixador hondurenho, José Isaias Barahona, foi convocado para uma reunião na sede do Ministério de Relações Exteriores em Jerusalém com a subdiretora-geral para a América do Sul, América Central e Caribe, Dorit Shavit, que transmitiu a “surpresa” e “decepção” pelo anúncio do presidente Porfirio Lobo, que mostrou apoio ao reconhecimento dos territórios palestinos na comunidade internacional.
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Shavit lembrou ao diplomata encontros de alto nível entre ambos os países em julho, nos quais “deixou clara a posição israelense com relação ao plano palestino na ONU e o dano potencial que representará ao processo de paz”, afirma a diplomacia israelense em comunicado divulgado nesta quinta-feira. Como afirma a nota, “o governo de Honduras mostrou compreensão da posição israelense e expressou apoio a uma solução que alcance por meio de negociações diretas”.
“A vice-diretora geral lembrou ao embaixador que Israel apoiou Honduras em períodos difíceis e destacou a grande e longa amizade entre os dois países, da qual é mostra a cooperação técnica e ajuda em várias áreas”, acrescenta o escrito. Shavit pediu “um esclarecimento” a Tegucigalpa e a Barahona que peça a seu governo que se retrate de sua decisão.
Contatada pela Agência Efe para obter a versão do embaixador Barahona, a delegação hondurenha em Tel Aviv não quis fazer nenhum comentário.
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Lobo anunciou em seu site na semana passada apoio à OLP (Organização para a Libertação da Palestina) em suas tentativas para alcançar o reconhecimento dos territórios palestinos diante da comunidade de nações, durante a visita a Honduras do chanceler palestino, Riyad al-Maliki. Lobo disse que existe “vontade expressa” de seu governo para “incorporar essa nação do Oriente Médio na política externa de Honduras”.
Xavier Abu Eid, porta-voz da OLP, declarou à Efe que “cada Estado tem direito de tomar decisões soberanas e qualquer pressão indevida não tem a ver com a justiça da decisão hondurenha, mas com o desespero de Israel”.
“Hoje em dia nove dos dez países mais populosos do mundo reconhecem os territórios palestinos. Cerca 75% da população mundial vive em países que reconhecem o Estado palestino e América Latina demonstrou com fatos que apoia o direito à autodeterminação dos povos”, afirmou.
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