O Departamento de Saúde da província sul-africana de Free State, na região central do país, anunciou nesta terça-feira (31/01) o recall preventivo de 1,35 milhões de preservativos. Denúncias de que as camisinhas possuíam textura porosa foram feitas à Campanha de Ação de Tratamento (TAC, na sigla em inglês), principal grupo de prevenção do vírus HIV no país.
A campanha alega que 8,7 mil caixas que continham o produto foram distribuídas gratuitamente em hotéis, restaurantes e bares da cidade de Bloemfontein. A cortesia fazia parte das celebrações do centenário do Congresso Nacional Africano, partido do ex-presidente e Prêmio Nobel da Paz Nelson Mandela.
Jabu Mbalula, porta-voz do órgão do governo de Free State, disse que não pode confirmar ou negar as acusações. Ele prefere esperar que os testes com os preservativos sejam concluídos.
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Em entrevista à emissora estatal britânica BBC, Sello Mokhalipi, membro da TAC, revelou que a organização testou as camisinhas por conta própria. Segundo ele, “quando preenchido com água, o líquido vaza” do preservativo. Por essa razão, o funcionário considerou preocupante que as camisinhas danificadas “ainda estejam circulando em grande número”. Seu maior receio, afirmou, é que eles “se rompam durante uma relação sexual”.
Desde agosto de 2007, quando autoridades sul-africanas tiraram de circulação 20 milhões de preservativos, não havia um recall dessas proporções. A África do Sul é um dos países com maior número de infectados pelo vírus HIV. Estima-se que 5,7 milhões de soropositivos vivam no país.
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