Agência Efe
Manifestantes contrários às políticas de segurança defendidas pela maior aliança militar do planeta tomam conta das ruas de Chicago, nos EUA, desde o último domingo (20/05), quando teve início a cúpula da OTAN, a Organização do Tratado do Atlântico Norte.
Reprimidos por fortes barricadas de policiais, ativistas pedem o fim imediato da intervenção militar no Afeganistão, bem como mudanças substantivas nas políticas ocidentais de combate ao aquecimento global e à desigualdade social.
Há anos Chicago não vivia protestos de tamanha proporção. Além do centro de convenções McCormick Place, onde estão sediadas as discussões da aliança, manifestantes também levaram seus apelos ao escritório da campanha pela reeleição de Barack Obama. Dezenas foram presos.
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Boeing
Em outra grande demonstração de repúdio, de 200 a 300 ativistas caminharam até os escritórios da Boeing em Chicago. A companhia de tecnologia aeronáutica é a principal fornecedora de aparatos de segurança para o Departamento de Defesa dos EUA e pediu para que seus funcionários trabalhassem de casa enquanto os protestos persistissem.
Ao se deparar com o prédio vazio, ativistas se disseram vitoriosos, pois sua luta por ação “desligou a máquina de guerra que é a Boeing”. Um porta-voz da empresa conversou com o jornal The Chicago Tribune e argumentou que a Boeing possui “obviamente” uma “diferença de opinião”. Contudo, frisou que a fabricante não se sente incomodada com os protestos “desde que permaneçam pacíficos e respeitosos”.
O braço do movimento Occupy em Chicago também criticou fortemente a Boeing, acusando a companhia de fraudar uma série de impostos e, assim, privar o estado de Illinois de milhões de dólares. Outro ponto central das críticas do Occupy Chicago à Boeing diz respeito ao desenvolvimento de caças, bombas e mísseis para a OTAN no interior de seus galpões.