O desemprego atinge 11% da população ativa na zona do euro no mês de abril, a mesma taxa registrada em março, e 10,3% na União Europeia, um décimo mais que no mês anterior, segundo os dados divulgados nesta sexta-feira pelo Eurostat, o escritório estatístico do bloco.
Segundo os cálculos, em abril passado havia 17,4 milhões de pessoas desempregadas na zona do euro e 24,6 milhões na UE.
Em comparação com o quadro de doze meses atrás, a taxa de desemprego era de 9,9% nos países do euro e de 9,5% nas nações da UE.
O pior índice do bloco foi novamente registrado na Espanha, que atingiu 24,3% de desempregados, dois décimos mais que em março e bem acima do índice registrado e abril de 2011 (20,7%).
Ainda na casa dos dois dígitos, França e Itália, dois países que integra o G8, as oito maiores economias do mundo, exibiram taxas de 10,2%.
Dos países com dados disponíveis para abril, as taxas de desemprego mais baixas foram as de Áustria (3,9%), Luxemburgo (5,2%), Holanda (5,2%) e Alemanha (5,4%), enquanto as mais elevadas, depois dos espanhóis, foram Grécia (21,7%, em fevereiro), Letônia (15,2%, no primeiro trimestre) e Portugal (15,2%).
Nos últimos 12 meses, o desemprego caiu em 11 países, liderados pelos países bálticos: Estônia (de 13,6% para 10,8%, entre o primeiro trimestre de 2011 e o de 2012), Lituânia (de 16% a 13,8%) e Letônia (de 16,8% a 15,2%, entre o primeiro trimestre de 2011 e o de 2012).
Dos 15 países em que o desemprego aumentou, destaque para a alta da Grécia (de 15,2% a 21,7%, entre fevereiro de 2011 e fevereiro de 2012), da Espanha e do Chipre (de 7,1% a 10,1%).
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Por idades, o desemprego afetava em abril 22,2% dos menores de 25 anos nos membros do euro e 22,4% nos 27 países da UE, acima das taxas registradas em abril de 2011, de 20,4% e 20,9%, respectivamente.
As taxas mais baixas de desemprego entre os menores de 25 anos foram registradas na Alemanha (7,9%), Áustria (8,9%) e Holanda (9,4%), e as mais elevadas, na Grécia (52,7%, em fevereiro) e na Espanha (51,5%).
Uma sondagem privada realizada pelo instituto Markit apontou que a atividade industrial na zona do euro sofreu sua pior contração em três anos, provocando o encolhimento da produção. Este, que começou nos chamados “países periféricos”, começa a se espalhar para as maiores economias do bloco: Alemanha e França.