Reprodução/samyrlaine.com
O atleta haitiano durante competição universitária em Harvard.
O atleta haitiano de salto triplo Samyr Laine pedirá a seu antigo companheiro de quarto na Universidade de Harvard e fundador do Facebook, o norte-americano Mark Zuckerberg, ajuda financeira para seu país, devastado após um terremoto em janeiro de 2010.
Um dos cinco atletas olímpicos do Haiti, Laine tem o projeto de criar a Fundação Saltar pelo Haiti que buscará, por meio de centros de treinamentos, produzir uma nova geração de atletas haitianos para competir nos próximos Jogos Olímpicos. “Tenho que devolver algo para meu país. É uma necessidade que tenho”, declarou antes do início da sua competição em Londres.
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“Não vou pedir a ele (Zuckerberg) mais do que ao resto dos amigos. Mas, espero que seu coração o guie. Contar com seu apoio na Fundação seria grandioso, uma ajuda enorme”, explicou o atleta, que construiu sua carreira nos Estados Unidos.
Atualmente, as condições para a prática do esporte no Haiti são muito precárias. Três das pistas de corrida do país servem de abrigo para milhares de haitianos que não possuem moradia desde o terremoto, que ocorreu dois anos e meio atrás. O orçamento de 400 mil dólares para a delegação haitiana nos Jogos Olímpicos deste ano não foi suficiente para patrocinar a viagem dos seus atletas. “Nós pagamos a passagem, fizemos tudo”, explicou Laine.
O terremoto de janeiro de 2010 devastou o Haiti, deixando milhões de pessoas deslocadas e sem moradia além de ter resultado na morte de 300 mil pessoas. Em 2012, milhares de pessoas ainda vivem abaixo da linha da pobreza, com menos de dois dólares por dia.