A Igreja Católica do Paraguai pediu nesta sexta-feira (31/08) “compreensão e perdão” por ter requisitado a renúncia do ex-presidente Fernando Lugo durante o desenvolvimento do julgamento político no país que terminou com seu impeachment.
Na noite de 21 de junho, na véspera da destituição, o presidente da CEP (Conferência Episcopal Paraguaia), monsenhor Claudio Giménez, e outros dois prelados visitaram Lugo para pedir que ele apresentasse sua renúncia para evitar um suposto cenário de violência que se configurava.
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“Julgamos que foram cometidos erros, pedimos a compreensão e o perdão”, apontou uma mensagem enviada nesta sexta pela Conferência dos Bispos, acrescentando que “nossas limitações foram reconhecidas”.
A mensagem acrescentou que a atuação de alguns bispos da CEP “deveu-se à notícia de um iminente derramamento de sangue” e que, diante disso, a Igreja “quis evitar que houvesse outro ato criminosos entre irmãos”.
O “outro ato” se refere ao então recente enfrentamento entre camponeses e policiais que deixou um total de 17 mortos e que foi o principal argumento para o impeachment contra Lugo.
Sacerdotes, bispos e fiéis questionaram na ocasião o pedido de renúncia realizado em um momento político tão crítico.