Com a determinação de defender a paz por meio do diálogo e da cooperação, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, viajou para Tel Aviv, capital administrativa de Israel, a fim de se reunir com políticos e comunidade. Antes dos compromissos oficiais, ele participou da primeira refeição do shabat (que marca o feriado religioso iniciado na sexta-feira e que acaba no sábado após o pôr do sol), no kibutz (comunidade) Bror Hail, cuja maioria dos moradores é de brasileiros.
Em Tel Aviv, Patriota tem reuniões com o presidente Shimon Peres e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, além dos ministros Avigdor Lieberman (Relações Exteriores), Dan Meridor (Inteligência e Energia Atômica) e Daniel Hershkowitz (Ciência e Tecnologia) durante os próximos dias. Em pauta, as negociações para um acordo de paz entre israelenses e palestinos, além da ampliação da agenda bilateral.
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A viagem do chanceler brasileiro tem dois destinos – Israel de sexta (12/10) até domingo (14/10), e a Palestina, na segunda-feira (15/10). A disposição do chanceler é demonstrar a preocupação que o Brasil tem com a região. O Brasil é favorável ao Estado da Palestina autônomo e independente. Porém, para o governo brasileiro, todas as negociações devem ser conduzidas sem ameaças à segurança na região.
A presidenta Dilma Rousseff tem dito que o reconhecimento da Palestina é a única solução de paz entre israelenses e palestinos. Segundo ela, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas deve dar prioridade ao assunto e buscar uma solução imediata para a questão.
As relações econômicas entre Brasil e Israel têm sido ampliadas a partir do acordo de livre comércio (do Mercosul com Israel), em vigor desde 2010. De 2002 a 2011, o intercâmbio comercial aumentou 215%, passando de US$ 445 milhões para US$ 1,4 bilhão.
De Tel Aviv, em Israel, Patriota segue para Ramalah, na Cisjordânia. Nas conversas, ele pretende mencionar a defesa do governo brasileiro na promoção do desarmamento nuclear e da não proliferação de armas nucleares. O Brasil defende a criação de uma zona livre de armas de destruição em massa no Oriente Médio.