O presidente francês, François Hollande, falou nesta segunda-feira (31/12) por telefone com seu colega da República Centro-Africana, François Bozizé, a quem pediu a abertura de um diálogo com todas as partes “e em particular com os rebeldes”.
Hollande já tinha falado anteriormente com Bozizé sobre a “grave situação” que vive essa antiga colônia francesa, onde os rebeldes da Seleka ocuparam boa parte do norte do país e ameaçam entrar na capital, Bangui. Na ocasião, Hollande pediu que o presidente centro-africano iniciasse o processo de paz o mais breve possível.
Agência Efe
Apesar do avanço dos rebeldes da Seleka, manifestações em favor do presidente Bozizé foram realizadas na capital Bangui
O presidente francês mostrou seu apoio “aos esforços de mediação” da União Africana e da Comunidade Econômica dos Estados da África Central para tentar conseguir “uma solução política”.
Os rebeldes da Seleka exigem que Bozizé deixe o poder e voltaram a ameaçar hoje a tomada da capital Bangui.
Em declarações aos meios de comunicação locais, o porta-voz da Seleka, Eric Massi, pediu uma intervenção imediata dos soldados da Força Multinacional da África Central presentes na zona para colocar um fim à violência contra os civis.
“Se as forças africanas não intervirem para acabar com a violência e assassinatos, eles não nos impedirão de fazer justiça com as nossas próprias mãos”, disse Massi.
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Durante a declaração, o porta-voz da Seleka colocou em dúvida a sinceridade das promessas feitas por Bozizé e pelo atual presidente da União Africana, Yayi Boni, chefe de Estado do Benin. Neste domingo, Bozizé se mostrou disposto a negociar e a formar um governo de união nacional.
A situação na República Centro-Africana se agravou desde que, no início de dezembro, a coalizão Seleka começou a rumar para o norte do país ao considerar que o presidente não tinha respeitado os acordos de paz assinados em 2007.
Tais tratados contemplavam a integração de combatentes rebeldes no Exército centro-africano, a libertação de uma série de prisioneiros políticos e o pagamento aos milicianos sublevados que optassem pelo desarmamento.
(*) com agência Efe