O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu, em um vídeo divulgado na norte de quarta-feira (06/03), que os venezuelanos “tenham compreensão de que é preciso muita paz, maturidade, tranquilidade e unidade, porque a Venezuela não pode retroceder”.
“Eu penso que não é todo século que a gente consegue produzir um homem da qualidade de [Hugo] Chávez, não é todo dia que a gente vê um país eleger uma pessoa que tem compromisso de sangue com seu povo”, afirma Lula na mensagem, em que relata sua convivência com o presidente venezuelano.
Para Lula, o líder bolivarianista sabia “com muita força que a razão para ele estar no governo era fazer com que o povo pobre da Venezuela se sentisse orgulhoso, que passasse a ter direitos, emprego, salário, saúde, possibilidade de estudar”.
No vídeo, o ex-presidente diz ainda que a América Latina “vive um momento excepcional” e o mandatário venezuelano “tem muito a ver com isso”. “Penso que, da mesma forma que as ideias de [Simón] Bolívar perduraram por tanto tempo, acho que as ideias do Chávez vão perdurar por muitos séculos”, diz.
Lula começa o vídeo afirmando que Hugo Chávez era um homem “que 80% era coração e 20% razão”, como considera que “devem ser todos os grande homens do mundo”, e conta como foi a convivência com o venezuelano, a quem conheceu quando ainda não tinha assumido o governo brasileiro.
O ex-presidente ressalta que apesar de algumas divergências ideológicas, ambos tinham “muitas afinidades políticas”. Entre as menções de Lula está a convergência no que se refere à relação estratégica dos países da América do sul e da América Latina.
“Tínhamos uma compreensão única sobre o papel dos países pobres, dos países do sul, no enfrentamento político com os países do norte, sobretudo na questão comercial e na questão política”, explica. “Isso fez com que a gente tivesse uma relação até mais que entre dois presidentes, era uma relação entre dois companheiros”, diz Lula.
O ex-presidente conta ainda que durante seu governo, ele e Chávez definiram que deveriam realizar pelo menos quatro reuniões bilaterais por ano. Segundo ele a iniciativa foi tomada para “aparar qualquer aresta” na relação entre os países, incentivar empresários brasileiros a investir na Venezuela e construir uma pareceria “que pudesse equilibrar o comércio”.
NULL
NULL