A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, substituiu nesta quarta-feira (26/06) o chefe do Estado-Maior Conjunto e os comandantes da Marinha, Exército e Força Aérea — é a primeira vez em 10 anos que as três armas mudam de comando ao mesmo tempo. A decisão sai nesta quinta-feira (2706) no Diário Oficial e as posses acontecem na semana que vem.
As mudanças ocorrem após a posse, em 3 de junho, do novo ministro da Defesa, Agustín Rossi, que liderava o bloco governista na Câmara dos Deputados desde 2005. “É uma mudança em consonância com a que aconteceu no ministério”, disse uma fonte do governo ao jornal Página 12.
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O novo chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas será o general de brigada Luis María Carena, que substituirá o brigadeiro Jorge Alberto Chevalier, há dez anos no cargo. O Exército será comandado pelo general de divisão César Milani, a Marinha, pelo contra-almirante Gastón Fernando Erice, e a Força Aérea, pelo brigadeiro Mario Miguel Callejo.
Comunicado assinado por Rossi agredece “especialmente” em nome da presidente “aqueles que desempenharam nesse tempo responsabilidades tão importantes, colocando toda sua energia, inteligência e capacidade de serviço à pátria”. No texto, de destaca em particular a situação de Chevalier, “que nos acompanhou durante uma década à frente do Estado Maior Conjunto e foi parte das primeiras mudanças impulsionadas por Néstor Kirchner logo após assumir como presidente da nação”.
O Página 12 destaca que ronda uma polêmica em torno de Milani, que agora comandará o Exército. No fim do ano passado, a oposição o acusou de participar do aparato repressivo da ditadura militar. O governo de Cristina negou que Milani tenha esse antecedente e ressaltou sua “trajetória brilhante” na Inteligência do Exército.