A juíza militar Denise Lind rejeitou nesta quinta-feira (25/07) o pedido da defesa do soldado Bradley Manning, julgado pelo vazamento de documentos ao portal Wikileaks, de retirar a acusação de roubo de informação de propriedade federal.
A coronel Lind rejeitou o pedido da defesa, liderada pelo advogado David Coombs, por roubo de informação de bases de dados secretos, acusação do qual Manning tinha se declarado inocente no começo do julgamento e prevê pena de 10 anos de prisão.
A acusação do governo norte-americano terá hoje a última oportunidade para confirmar a acusação de “ajuda ao inimigo”, a mais grave que pesa contra Manning. Durante o julgamento, o governo tentou mostrar que o vazamento das informações foi indiretamente de utilidade para a organização Al Qaeda.
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A defesa, por sua parte, sustentou que o vazamento de mais de 700.000 documentos secretos, registros da guerra do Afeganistão e Iraque ou mensagens diplomáticas não significou um prejuízo grave para a segurança nacional nem pôs em perigo a vida de cidadãos norte-americanos.
Manning, ex-analista de inteligência no Iraque, declarou-se culpado de dez das 21 acusações, as menos graves e que têm penas mais brandas.
Se for considerado culpado de todos as acusações, exceto “ajuda ao inimigo”, o ex-soldado poderia ser sentenciado a um máximo de 154 anos.