O primeiro-ministro norueguês, Jens Stoltenberg, de 54 anos, encontrou uma nova maneira de fazer campanha eleitoral. Durante uma tarde de junho, o candidato às eleições do dia 9 de setembro se disfarçou de motorista de táxi para escutar melhor o que os passageiros tinham a dizer sobre o governo da Noruega. “Como primeiro-ministro, é importante ouvir as pessoas. E, dentro dos táxis, as pessoas realmente dizem o que pensam” afirmou antes de entrar no veículo.
Stoltenberg, que vestiu o uniforme da companhia de táxi de Oslo e usou óculos escuros, só revelou sua verdadeira identidade quando foi reconhecido por alguns dos passageiros. A reação de muitos é de surpresa, enquanto outros aproveitam a oportunidade para fazer pedidos. “Eu tenho sorte, porque queria lhe enviar uma carta”, diz uma senhora que foi conduzida pelo premiê.
A carreira do primeiro-ministro, que é formado em economia pela Universidade de Oslo, é marcada por sua atuação política no Partido do Trabalho, o qual lidera desde 2002, e também por reportagens como jornalista no periódico Arbeiderbladet. Stoltenberg nunca foi motorista de táxi e, quando questionado por um repórter norueguês se consideraria trabalhar com isso caso perdesse as eleições, respondeu: “Eu acho que o país e os passageiros noruegueses serão mais bem servidos se eu for primeiro-ministro”.
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O vídeo que retrata a experiência do premiê foi publicado ontem (11/08), em sua página do Facebook, e faz parte da estratégia de uma agência de publicidade norueguesa para promover “o lado humano” de Stoltenberg no período que antecede as eleições do país.
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Primeiro-ministro norueguês dirigiu táxi por um dia para se aproximar de eleitores
Apesar de popular, o premiê está atrás da principal candidata da oposição, Erna Solberg, nas estimativas de intenção de voto. Solberg, que representa os Conservadores, promete atenuar as regulações e as taxas do governo, favorecendo os negócios na Noruega. Se as eleições ocorressem hoje, ela seria a escolha de 31,9% dos eleitores, enquanto Stoltenberg receberia 27,5 % dos votos, conforme pesquisa de agosto divulgada pelo jornal norueguês The Nordic Page.