Uma missão da ONU (Organização das Nações Unidas) encarregada de investigar o uso de armas químicas na Síria chegou neste domingo (18/08) ao país. O secretário-geral da entidade, Ban Ki-moon, anunciou na quarta-feira (14/08) um acordo com o governo sírio para que uma missão independente averigue três possíveis casos.
A equipe, liderada por Ake Sellström, antigo inspetor de armas químicas no Iraque para a ONU, estava pronta desde abril para entrar na Síria, mas não pôde fazê-lo por desacordos entre a organização internacional e o governo sírio. Para resolver a situação, Sellström e a alta representante para Assuntos de Desarmamento da ONU, Angela Kane, visitaram Damasco em 24 de julho para analisar com as autoridades sírias os detalhes do desdobramento da missão.
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Os especialistas trabalham na Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) e na Organização Mundial da Saúde (OMS). Tanto o Damasco como os opositores sírios se acusaram de usar armas químicas. Um dos lugares aos quais os investigadores irão será a cidade de Khan al Asal, na província de Aleppo, no norte do país e onde, segundo o governo, 26 pessoas morreram em março em um suposto ataque rebelde com substâncias químicas.
A Síria é um dos sete países que não assinaram o Convenção sobre Armas Químicas de 1997. Desde que começou a guerra civil no país árabe, em março de 2011, mais de 100 mil pessoas morreram e quase sete milhões precisam de ajuda humanitária de emergência, segundo os mais recentes números das Nações Unidas.
Hezbollah
O líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, falou neste sábado (17/08), após a explosão de um carro no sul de Beirute e prometeu apoio incondicional presidente da Síria, Bashar al-Assad. Ele disse que, se necessário, está pronto para lutar na Síria e prometeu derrotar os islamitas sunitas radicais, acusando-os de atacar a comunidade xiita no Líbano.
No total 26 pessoas morreram e 335 ficaram feridas na explosão, que aconteceu no mesmo bairro que foi bombardeado no mês passado, onde outras 50 pessoas ficaram feridas. O ataque, cometido com um carro-bomba, aconteceu entre as regiões de Bir el Abed e Rueis, perto do chamado Centro dos Mártires, lugar utilizado pelo Hezbollah para realizar atos e reuniões.