Na última sexta-feira (18/10), em menos de 24 horas, a dívida dos Estados Unidos alcançou um crescimento recorde de 328 bilhões de dólares. O brusco aumento veio um dia depois de o presidente Barack Obama assinar a lei que eleva o limite do endividamento norte-americano e autoriza a realização de novos empréstimos, encerrando a paralisação do governo, conhecida como “shutdown”, que já durava mais de duas semanas.
O crescimento foi atribuído à medida da Casa Branca de repor os fundos federais que pegou emprestado, nos últimos cinco meses, em um esforço para evitar bater o teto da dívida, acordado previamente, o que paralisaria parcialmente seu funcionamento.
Com a medida, a dívida norte-americana atingiu os 17 trilhões nesta sexta (18/10), segundo dados divulgados pelo Departamento de Tesouro do país. Sob os termos acordados anteriormente, isso teria desencadeado uma crise no governo, podendo levar, novamente, ao “shutdown”.
NULL
NULL
No entanto, com o novo acordo estabelecido nesta quinta (17/10), as condições mudaram. Agora, o governo dos EUA pode operar sem limites de endividamento, tendo como limite o dia 7 de fevereiro do próximo ano, quando deverá ter em seu caixa até 17 trilhões de dívida e não mais do que isso.
A proposta bipartidária, de democratas e republicanos, para destravar a administração federal e evitar a temida moratória foi aprovada nesta quarta-feira (16/10) por 81 a 18 votos. Poucas horas depois, na madrugada de quinta (17/10), Obama sancionou a nova lei.
Com a assinatura do presidente, Washington garante recursos para a retomada das atividades de servidores e repartições públicas que haviam sido afetadas pela paralisação.
Organizações financeiras estimaram nesta semana que a crise já tinha cortado cerca de 24 bilhões de dólares da economia norte-americana, o que pode refletir em estatísticas econômicas do próximo bimestre.
(*) Com informações do Washington Post