Atualizada às 19h09
A espionagem a milhões de cidadãos na França e na Espanha foi realizada pelos serviços de inteligência desses países, que depois compartilharam a informação adquirida com a NSA (Agência de Segurança Nacional), de acordo com o The Wall Street Journal.
O jornal, que cita funcionários norte-americanos, afirma que os registros telefônicos colhidos na Europa foram depois compartilhados com a NSA como parte dos esforços para proteger os Estados Unidos e seus aliados.
O chefe da NSA, general Keith Alexander, também classificou hoje de “falsas” as informações de que a agência coletou dados na Europa. “Nossas fontes incluem dados recolhidos legalmente, assim como dados facilitados à NSA pelos parceiros estrangeiros”, disse Alexander durante uma audiência no Comitê de Inteligência da Câmara dos Deputados do Congresso.
A espionagem em massa realizada pelos EUA a seus cidadãos e a governos estrangeiros continua causando polêmica, sobretudo por causa das revelações sobre a vigilância a 35 líderes mundiais, como a alemã Angela Merkel e a brasileira Dilma Rousseff. Essa informação passou a ser pública por meio dos documentos vazados pelo ex-analista da NSA e da CIA Edward Snowden.
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Segundo o jornal Le Monde, em um período de 30 dias, entre dezembro de 2012 e o início de 2013, foram interceptadas 70,3 milhões de comunicações emitidas da França. O espanhol El Mundo, por sua vez, publicou ontem que a NSA espionou mais de 60 milhões de ligações telefônicas na Espanha no mesmo período.
Essa espionagem tanto na França como na Espanha, de acordo com o publicado hoje pelo The Wall Street Journal, teria sido realizada em estreita colaboração com os serviços de inteligência dos dois países.
Os funcionários norte-americanos citados pela publicação explicaram que os documentos vazados por Snowden foram mal interpretados e, na realidade, mostravam registros telefônicos recolhidos pelos serviços de inteligência franceses e espanhóis.
(*) com Agência Efe