Israel anunciou nesta quarta-feira (30/10) novo plano para expandir assentamentos judaicos em Jerusalém Oriental. A notícia foi divulgada horas depois da libertação de 26 presos, causando desconforto às autoridades palestinas.
Agência Efe
Comoção marcou o encontro de presos com famílias
A ANP (Autoridade Nacional Palestina), por meio de um porta-voz, rejeitou as “medidas enganosas e instigadoras de Israel destinadas a libertar palestinos em troca de construir mais casas nos assentamentos judaicos”.
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Segundo informações da Agência Efe, o gabinete do primeiro-ministro, Rami Hamdalah, condenou que “a libertação de presos de prisões da ocupação” se faça em função “da construção de unidades em assentamentos da Cisjordânia e Jerusalém Oriental”.
O objetivo israelense nos assentamentos, dito em nota oficial, é estabelecer um novo parque nacional em território ocupado na cidade. O Ministério do Interior revelou o projeto para construir 1.500 unidades de imóvel na colônia de Ramat Shlomo, próximo a Jerusalém, e o estabelecimento do parque no Monte Scopus, também na zona oriental da cidade, segundo informações do site Ynet.
Liberação de presos
O governo israelense divulgou na segunda-feira (28) a lista com os nomes de 26 presos palestinos a serem libertados. Trata-se do segundo grupo, de um total de 104 detentos, que o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, se comprometeu em soltar, em julho deste ano, durante as negociações para a reabertura do processo de paz com a ANP (Autoridade Nacional Palestina). Uma associação de direitos humanos estima, no entanto, que 5 mil ainda estejam em cárcere.
Encarado como um “gesto de boa vontade” pela diplomacia norte-americana, responsável pela mediação dos diálogos de paz entre israelenses e palestinos, a medida é vista por movimentos sociais de presos políticos do local como uma estratégia de Tel Aviv para manipular os assuntos negociados e criar uma boa impressão na comunidade internacional.
(*) Com informações da Agência Efe
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