A cada dia, morrem quatro mil pessoas em decorrência da Aids no mundo todo, anunciou nesta segunda-feira (25/11) a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) na apresentação de uma campanha para conscientizar da gravidade do problema, apesar do otimismo que as conquistas na luta contra a doença provocaram últimos anos.
“As mortes por Aids são pouco comuns nos países ricos, mas todos os dias morrem por esta doença quatro mil pessoas, a maioria nos países em vias de desenvolvimento”, afirmou o diretor da MSF na África do Sul e Lesoto, Gilles Van Cutsem.
“A luta contra o vírus de imunodeficiência humana (HIV) e a Aids foi aclamada como uma dos maiores conquistas da história da humanidade em projetos de saúde pública, mas a MSF vê que esta revolução está incompleta para os milhões de pessoas que não têm acesso a tratamento”, indicou a organização.
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Para que autoridades e opinião pública não se esqueçam que ainda existem pessoas se contaminando e morrendo em consequência da Aids, a MSF lançou em seu site uma série de vídeos intitulada “O que nós vemos”, que mostram casos de falta de tratamento ou controle, transmissão de mães para filhos e preconceito.
A organização lembra que, em lugares com altos índices de portadores do HIV, como a África do Sul, Suazilândia e Malawi “o acesso aos antirretrovirais aumentou na última década”, apesar de um em cada quatro pacientes começar o tratamento tarde demais.
A situação é pior em países como República Democrática do Congo, Guiné, República Centro-Africana e Nigéria, onde a maioria da população que precisa não tem acesso ao tratamento a tempo. Na África Ocidental e Central, só 34% dos infectados recebem tratamento, a taxa de cobertura mais baixa do continente.