O presidente interino da Ucrânia, Aleksandr Turchinov, ordenou nesta segunda-feira (24/03) a retirada de todas as unidades das Forças Armadas do país presentes na península da Crimeia.
“O Conselho Nacional de Segurança e Defesa ordenou ao Ministério da Defesa a retirada das unidades militares instaladas na República Autônoma da Crimeia”, comunicou Turchinov aos grupos parlamentares da Rada Suprema (parlamento).
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A cúpula ucraniana também ordenou “garantir o alojamento das famílias de militares que hoje se veem obrigados a deixar suas casas sob pressão”, afirmou o presidente.
Agência Efe
Na semana passada, Turchinov se reuniu com a ONU para criar uma comissão sobre a crise no país
Neste fim de semana, a Ucrânia perdeu o controle de praticamente toda sua frota na Crimeia, incluindo o aeroporto de Belbek e várias unidades militares que ainda mantinham lealdade a Kiev.
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Pelo menos cinco oficiais ucranianos, entre eles o comandante da base aérea de Belbek, o coronel Yuli Mamchur, e o comandante adjunto da armada da Ucrânia para a defesa do litoral, o general Igor Voronchenko, foram detidos nas últimas 24 horas na Crimeia. Outros 80 militares da marinha ucraniana também foram detidos hoje pelas autoridades da Crimeia após o ataque a uma base em Feodisia.
Tropas russas e soldados dos grupos de autodefesa da Crimeia assumiram desde sábado o controle de quase todas as unidades, navios de guerra e bases militares que até então resistiam a mudar de lado ou abandonar seus destacamentos.
No final da noite de ontem, as embarcações “Cherkassi” e “Konstantin Olshansky” eram as últimas embarcações ucranianas a não se renderem aos militares russos no lado de Donuzlav.
Um grupo de homens armados a bordo de várias lanchas rápidas tentaram hoje sem sucesso abordar o “Cherkassi”, que não pode sair do Donuzlav para o mar aberto depois que os russos afundaram duas embarcações para fechar o caminho.
O Ministério da Defesa ucraniano ordenou que o “Konstantin Olshansky” resista até o final.
Neste fim de semana, vários oficiais ucranianos denunciaram a negligência da cúpula militar e política do país na hora de decidir os passos que devem seguir os soldados que não querem entregar seus destacamentos para as tropas russas.
(*) com Agência Efe