O COI (Comitê Olímpico Internacional) lançou um comunicado nesta sexta-feira (15/08) em que alerta que atletas provenientes de países da África Ocidental afetados pelo ebola não poderão participar de algumas modalidades nos Jogos Olímpicos da Juventude em Nanjing, na China, que começam neste sábado (16/08).
Efe
Segunda edição de Jogos Olímpicos da Juventude começa amanhã e deve reunir cerca de 700 atletas entre 15 e 18 anos
Com o intuito de prevenir que haja expansão do vírus durante o evento esportivo, o comitê trabalhará em conjunto com as autoridades de saúde chinesas e sob a orientação da OMS (Organização Mundial da Saúde). “Temos sido tranquilizados pelas autoridades que não foram apresentados casos suspeitos e que o risco de infecção é extremamente improvável”, diz a nota.
Entre as recomendações, o COI indica que os atletas vindos de países como Guiné, Serra Leoa e Libéria não deverão competir em esportes de combate, nem participar de modalidades aquáticas. Eles ainda serão submetidos com frequência a avaliações físicas durante o evento. De acordo com as orientações da OMS, as autoridades chinesas estão totalmente preparadas se ocorrer um surto.
“Lamentamos que devido a essa questão alguns atletas jovens podem sofrer duas vezes: tanto pela angústia causada pelo surto em seus países de origem, como também por não poder competir nos Jogos Olímpicos da Juventude”, diz o comunicado.
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Seis meses para conter epidemia
A organização humanitária Médicos Sem Fronteiras declarou hoje que o surto de ebola avança mais rápido do que os esforços para detê-lo e que serão necessários aproximadamente seis meses para controlá-lo.
“Nunca tínhamos visto isto. É preciso uma nova estratégia porque o ebola não está confinado a algumas aldeias, mas se propaga em cidade de 1,3 milhão de habitantes”, declarou a presidente da MSF, Joanne Liu, em coletiva.
Segundo Liu, a chave para estabilizar a situação é a Libéria, país onde o número de mortes se acelerou nos últimos dias. Trata-se do pior surto de Ebola já registrado na história. A epidemia, que afeta também Guiné, Serra Leoa e, em menor grau, Nigéria, já deixou 1.069 pessoas mortas e 1.975 casos confirmados.