O número de casos registrados de ebola na África Ocidental chegará a entre cinco e dez mil casos por semana em dezembro se a epidemia não for controlada, calcula a OMS (Organização Mundial de Saúde). Em anúncio feito nesta terça-feira (14/10), o órgão ainda acrescentou que o atual surto mata, em média, 70% dos infectados.
Efe
Funcionário de saúde em Monróvia, capital da Libéria: luta contra ebola é principal meta de países africanos com pouca infraestrutura
Dos quase 9 mil casos confirmados, pelo menos 4.447 pessoas já morreram desde o início do surto, em março deste ano. A OMS multiplica os números de Guiné por 1,5, de Serra Leoa por 2 e da Libéria por 2,5 com o intuito de obter dados mais precisos do quadro geral, explicou à imprensa Bruce Aylward, diretor-adjunto da organismo internacional
A meta da OMS é fazer com que a curva de crescimento de infectados comece a descer a partir do início de dezembro e que o número de casos despenque no final do mesmo mês. Contudo, Aylward ressaltou que seria “realmente prematuro” ver qualquer sucesso na aparente desaceleração a epidemia em algumas áreas.
Centros de tratamento
Segundo Aylward, Reino Unido e Estados Unidos vão construir centros de tratamento para o combate ao ebola em Serra Leoa e Libéria, respectivamente, para cuidar dos doentes internacionais.
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A decisão foi tomada com o intuito de tentar atrair o maior número possível de especialistas internacionais, o que tem se tornado cada vez mais difícil em vista do medo de contágio, explicou o diretor-geral adjunto, negando negou que esses centros serão construídos para evitar que o vírus se propague nos países industrializados que repatriam infectados.
Nesta terça, o aeroporto de Heathrow, o maior do Reino Unido, começou a aplicar testes para detecção de possíveis casos de ebola entre os passageiros provenientes de países afetados pelo vírus. Fora do continente africano, Espanha e Estados Unidos tratam duas profissionais de saúde que se infectaram ao ter contato com doentes que contraíram o vírus na África.
Na madrugada de hoje, um médico das Nações Unidas morreu em na cidade alemã de Leipzig. O homem de 56 anos era sudanês e havia sido levado da Libéria para o continente europeu para se tratar.
Efe
Fiscalização no aeroporto de Heathrow, em Londres: passageiros vindos de países com surtos terão temperaturas medidas