Agência Efe
Uma das joias do Oriente Médio, Palmira foi um dos centros culturais mais importantes do mundo na era romana
Militantes do EI (Estado Islâmico) executaram nos últimos dias pelo menos 400 pessoas na cidade de Palmira, Síria. O massacre atingiu principalmente mulheres e crianças da cidade histórica – localizada a 210 km de Damasco -, informou neste domingo (24/05) a rede de televisão local.
Vídeos publicados nas redes sociais por simpatizantes do EI mostram os combatentes da organização invadindo prédios públicos e disparando contra funcionários. O massacre contra a população de Palmira também incluiu decapitações e mutilações dos corpos,informou a imprensa local.
Conhecida como 'Ponte do Deserto' e considerada um destino sagrado por parte da população síria, Palmira fica localizada em um oásis ao nordeste de Damasco. Nas últimas semanas, a ONU (Organização das Nações Unidas) e outras entidades internacionais alertaram a possibilidade de destruição de patrimônio histórico com a chegada do EI à região.
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Conhecida como 'Ponte do Deserto', Palmira é detentora de obras históricas do Oriente Médio
Anterior ao massacre desse fim de semana, pelo menos 462 pessoas já haviam morrido durante a semana durante ofensiva do EI na região. Destes, 241 são soldados leais a Bashar al-Assad, 150 são milicianos do grupo extremista e 71 são civis.
De acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos, os jihadistas dominam agora 95 mil quilômetros quadrados do país e estão presentes em nove de 14 províncias, a saber: Homs, Al Raqqah, Deir ez Zor, Al Hasaka, Hama, Aleppo, Damasco, Rif Damasco e Sueida.
Em resposta, a aviação do governo sírio passou a bombardear os arredores de Palmira, na tentativa de reconquistar o território. Ainda não se sabe se a ofensiva causou danos materiais na cidade, mas teme-se que a própria organização terrorista devaste os templos e ruínas datadas da era romana, bem como já fizera com monumentos no Iraque.
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