O ministro grego das Finanças, Yanis Varoufakis, afirmou nesta terça-feira (26/05) que o país vai pagar a parcela de € 312 milhões, de um total de € 1,6 bilhão, do empréstimo feito junto ao FMI (Fundo Monetário Internacional) a vencer no próximo dia 5 de junho. Ele disse estar confiante que a Grécia feche, até lá, um acordo com os credores da União Europeia e do próprio Fundo para quitar a dívida.
Segundo Varoufakis, o pagamento será feito para mostrar o “comprometimento” do país.
Agência Efe
Varoufakis e Tsipras: país vai pagar dívida com FMI, disse ministro das Finanças
Ele, assim, contradiz o que havia dito no domingo (26/05) o ministro do Interior do país, Nikos Vutsis, que afirmou que “não havia dinheiro”. “Este dinheiro não será pago, porque não há. Isso é conhecido e discutido com base num otimismo cauteloso de que haverá acordo que permita ao país respirar.”
Além disso, segundo Vutsis, há divergências com o FMI sobre o cumprimento do acordo. Com uma dívida que chega a 175% do PIB e problemas de liquidez, a Grécia negocia há meses com credores a extensão do atual programa de resgate econômico.
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Uma das razões para a dificuldade em pagar a dívida, é que o governo grego se nega a cortar salários e pensões, flexibilizar o mercado de trabalho e implantar a política de austeridade das instituições da troika (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e FMI).
Taxa por saque
Varoufakis anunciou também que Atenas estuda implantar uma “pequena taxa” por saque feito em caixas eletrônicos para tentar encorajar o uso de cartões magnéticos e combater evasão fiscal.
“Pode haver, pode exemplo, uma pequena taxa sobre saques em caixas eletrônicos. Isso está sob discussão como um incentivo para usar plástico… Ainda não foi decidido”, afirmou.
Ainda entre as medidas em estudo contra a evasão de divisas, o ministro disse que o governo de Alexis Tsipras cogita cobrar uma taxa de 15% em depósitos mantidos no exterior não declarados por gregos – e que retornem ao país –, dando anistia penal aos donos das contas.