O presidente dos EUA, Barack Obama, e a sua homóloga brasileira, Dilma Rousseff, realizaram uma conferência juntos na tarde desta terça-feira (30/06) após reunião a portas fechadas.
“Não há relações sem desentendimentos”, comentou o líder norte-americano, aludindo ao cancelamento da viagem da mandatária, dois anos atrás, depois das revelações de Edward Snowden de que ela havia sido espionada pelo governo norte-americano.
Agência Efe
Dilma celebrou a reaproximação entre EUA e Cuba: “Esse é o momento muito decisivo para a América Latina”, afirmou
“De lá para cá, algumas coisas mudaram. O presidente Obama disse que me ligará quando ele precisar de uma informação não pública”, disse Dilma. “Eu confio nele”, acrescentou.
“Desde que assumi meu cargo, nós aumentamos as exportações norte-americanas ao Brasil em mais de 50%”, afirmou Obama. “Mas há muito mais do que os dois países podem fazer juntos e nós vamos”, acrescentou.
Os dois chefes de Estado anunciaram investimentos de empresas norte-americanas na elaboração de obras de infraestrutura, como portos e rodovias, em território brasileiro.
NULL
NULL
As duas nações também se comprometeram com novos acordos climáticos para o desenvolvimento sustentável, pactuando gerar energia com 20% de fontes renováveis em 2030. Além disso, os dois líderes expandiram colaboração nas áreas de ciência e tecnologia, com parceria entre universidades e campos de pesquisa, bem como no setor militar.
Para Dilma, o comércio bilateral é expressivo, mas é necessário “diversificar as trocas” entre os dois países. “O objetivo é construir as condições para um relacionamento comercial ambicioso com EUA”, afirmou, pedindo a redução de burocracias nos negócios.
Dilma celebrou a reaproximação entre EUA e Cuba, que aconteceu em dezembro de 2014. “Esse é o momento muito decisivo para a América Latina. Isso muda o patamar do relacionamento dos EUA com toda a região”, comentou a mandatária.
EFE
Dilma e Obama fizeram reunião para novos acordos bilaterais e viraram página após escândalo de espionagem