As propostas que o novo ministro das Finanças da Grécia, Euclid Tsakalotos, apresentou ao Eurogrupo na reunião desta terça-feira (07/07), não possuem alterações significativas em relação ao plano de reformas apresentado antes do referendo de domingo (05/07), afirmaram representantes da União Europeia.
EFE
Tsipras chega a Bruxelas para nova rodada de diálogo com líderes europeus após referendo
A convite do presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, participará amanhã de um novo debate sobre a crise grega que será realizado na Eurocâmara, para explicar aos ministros da zona do euro sua posição nas negociações com as instituições credoras.
Para os ministros do Eurogrupo, Atenas deve apresentar propostas “concretas, tangíveis, eficazes e críveis” para continuar o diálogo com os sócios europeus.
Segundo o ministro de Economia e vice-chanceler alemão, Sigmar Gabriel, um eventual debate sobre uma reestruturação da dívida grega deverá ser precedido pela aplicação de reformas por parte de Atenas. Poderá se “falar da possibilidade de reduzir a dívida apenas quando o governo grego demonstrar que aplica as reformas”, afirmou o ministro, citado pela agência France Presse.
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Já para o ministro de Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, “sem um programa é difícil ajudar a Grécia dentro da zona do euro”.
“O 'grexit' não é nosso objetivo, mas se não houver um pacote de reformas crível não se pode exclui-lo”, afirmou o vice-presidente da Comissão Europeia para o Euro, Valdis Dombrovskis.
Nesta tarde, Tsipras se encontrou com lideranças europeias — como os presidentes da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker; e do Conselho da UE, Donald Tusk — para debater a possibilidade de uma negociação com credores. Convocada após a vitória do “não” grego a um acordo nos moldes da austeridade tradicional, a cúpula extraordinária em Bruxelas (Bélgica) analisa o futuro da dívida grega.