O pacto nuclear entre Irã e o Grupo G5+1(Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido, França e Alemanha) na terça-feira (14/07) foi celebrado por grupos de direitos humanos do país persa, que afirmaram que a decisão mostra que “a mudança é possível” no país.
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EFE
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“Nós acreditamos que esse acordo demonstra o poder da lei internacional e do engajamento diplomático”, comentaram líderes de nove organizações em uma carta divulgada na noite de quarta-feira (15/07).
“Nós congratulamos a suspensão das sanções econômicas e esperamos que as vidas de cidadãos iranianos comuns melhorem. Agora, há mais coisas a serem feitas e cabe a todos olhar para os progressos em direitos humanos”, acrescentaram.
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Para lideranças de grupos como United for Iran, Iran Human Rights, Südwind: All Human Rights for All in Iran e Impact Iran, a questão dos direitos humanos deve ser tratada com o mesmo nível de dedicação que o governo iraniano mostrou durante as recentes negociações, que aconteceram em Viena (Áustria).
No país persa, a situação de direitos humanos é marcada por uma sistemática violação do Estado a obrigações de tratados internacionais. Entre os abusos, há situações recorrentes, como a perseguição a minorias religiosas (como a fé Baha’i), o aumento do número de execuções de prisioneiros e as restrições de direitos das mulheres à educação e ao trabalho.
“Virar a página desses graves problemas requer uma atenção maior da comunidade internacional”, sustentam ativistas iranianos. “Nós acreditamos que esses esforços devam continuar e que governos mundiais, a sociedade civil internacional e os negócios globais devem ter os direitos humanos como linha de frente em seu engajamento com o Irã”, completam.
EFE
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