O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, afirmou nesta quinta-feira (05/11) que serviços de inteligência e informação de seu governo sugerem que uma bomba plantada por terroristas é a causa mais provável da queda do avião russo no Sinai no último sábado (31/10).
Em declaração na residência oficial de Downing Street, Cameron afirmou que não há “certeza” de que tenha sido uma bomba, mas parece cada vez “mais provável”.
Agência Efe
O presidente egípcio, Abdul Fatah al Sisi, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron, se encontraram nesta quinta-feira
O chefe do governo britânico se reuniu hoje com o presidente do Egito, Abdul Fatah al Sisi, em Londres. Ele afirmou que considera vital garantir a segurança dos cidadãos britânicos que estão na cidade egípcia de Sharm el-Sheikh.
O Reino Unido suspendeu ontem os voos de e para Sharm el-Sheikh e o primeiro-ministro afirmou que “vai levar um tempo” até que seja possível trazer os britânicos que permanecem na cidade por via aérea.
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Após o encontro com Cameron, Sisi disse acreditar que os dois países tinham “um bom entendimento mútuo” e que o Egito está “completamente pronto a cooperar com todos os nossos amigos” para garantir a segurança dos turistas estrangeiros no país.
Rússia pede cautela
O ministério de Relações Exteriores da Rússia criticou as declarações de Cameron e de Philip Hammond, ministro britânico, que afirmou ontem que havia “possibilidade significativa” de que o avião tenha sido derrubado por uma bomba plantada por terroristas. “O governo britânico não nos deu nenhuma informação que eles possam ter sobre a queda do avião”, disse Maria Zakharova, porta-voz do ministério russo. “Se eles têm informações e não nos forneceram, é chocante”, acrescentou.
Após o encontro com Sisi, o primeiro-ministro britânico conversou também com o presidente russo, Vladimir Putin, ao telefone. Segundo uma porta-voz de Cameron, ele explicou a Putin que novas informações fizeram aumentar a crença na hipótese de que a queda do avião tenha sido causada por uma bomba, o que o levou a decidir pela suspensão dos voos e pelo reforço na segurança no aeroporto de Sharm el-Sheikh.
Já um porta-voz do Kremlim declarou que, na conversa entre os dois líderes, Putin salientou que afirmações sobre as causas da queda do avião devem se basear em dados concretos que serão divulgados pela investigação oficial, liderada pelo Egito com a participação de experts russos e de outras nacionalidades.
Agência Efe
Ministros russos do Transporte e da Defesa Civil observam os destroços do avião que caiu na Península do Sinai no último sábado