Ao menos 38 pessoas morreram em duas explosões no sistema de metrô de Moscou, na Rússia, na manhã de hoje (29). A primeira aconteceu na estação central de Lubyanka, embaixo da sede da principal agência de inteligência russa, a FSB, e matou pelo menos 21 pessoas e deixou dez pessoas feridas. A outra ocorreu na estação de Park Kultury, matando 14 pessoas. Outras 12 pessoas teriam ficado feridas.
Maxim Shipenkov/Efe
Serviço de resgate retira cadáver da estação de metrô Park Kultury, em Moscou
A suspeita inicial, levantada pelo FSB, é a de que mulheres suicidas executaram os ataques – as equipes de resgate teriam encontrado os restos de duas terroristas. “Ambas as explosões, segundo dados preliminares, foram obra de mulheres suicidas”, informou o FSB em comunicado citado pela agência Interfax.
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O presidente russo, Dmitri Medvedev, condenou os ataques e prometeu reforçar a segurança nos transportes. “A política de esmagamento do terror em nosso país e a luta contra os terroristas continuará. Prosseguiremos as operações contra os terroristas sem vacilações e até o final”, disse, segundo informou o Kremlin em comunicado.
Veja reportagem do Russia Today:
Medvedev pediu às forças de segurança para “controlarem com firmeza a situação, mas sem violar os direitos dos cidadãos”. Também solicitou às autoridades para oferecer toda a ajuda necessária às vítimas, a seus parentes e a outros afetados pelo pânico causado pelo atentado.
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Em agosto do ano passado, Medvedev anunciou a ampliação da campanha contra o terrorismo no Cáucaso Norte, após outro atentado suicida ter sido perpetrado contra um prédio da polícia na república da Inguchétia, no qual morreram 24 pessoas.
O primeiro-ministro da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que “os terroristas serão liquidados”.
“Tenho certeza de que os órgãos de segurança farão tudo o que puderem para encontrar e punir os criminosos. Os terroristas serão liquidados”, afirmou Putin, que está na cidade siberiana de Krasnoyarsk, durante uma videoconferência.
O atentado, acrescentou, “foi horrível por suas consequências e repugnante pelo caráter do crime cometido contra civis”.
“Só com esforços conjuntos conseguiremos derrotar os grupos clandestinos e vencer esse mal”, declarou Putin, que suspendeu sua visita e voltará com urgência à capital russa.
Reações mundiais
O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, condenou os atentados e lembrou às autoridades russas sua disposição de cooperar contra o terrorismo. “Em nome da Otan, condeno firmemente os atentados terroristas de Moscou. Não pode haver justificativa para este tipo de ataques sobre civis inocentes”, disse Rasmussen em comunicado.
O presidente norte-americano, Barack Obama, que ontem (28) fez uma visita surpresa ao Afeganistão, classificou os atentados em Moscou como “cruéis” e afirmou que os Estados Unidos são solidários ao povo russo no repúdio à violência extremista, segundo um comunicado distribuído pela Casa Branca.
Já o presidente francês, Nicolas Sarkozy, condenou os “odiosos” atentados terroristas e em nota divulgada pelo Palácio do Eliseu expressou sua “total solidariedade” ao povo russo, manifestou seus pêsames às famílias das vítimas e transmitiu à Rússia “os sentimentos de profunda compaixão de todos os franceses”.
O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, se disse “consternado” com os ataques e enviou condolências ao povo russo, enquanto a chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou que a ação constitui um “revés” nos esforços do governo russo de estabelecer a segurança no território nacional.
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Distância entre as estações de Lubyanka (A) e Park Kultury (B) é de 5,8 quilômetros
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(Atualizada às 09h45)
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