O assessor da presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, negou que o Brasil esteja negociando com os Estados Unidos a instalação de uma base militar em solo nacional. A hipótese foi levantada pela imprensa brasileira no final de março, após noticiar que o governo brasileiro se reuniu com o comandante do Comando Sul dos EUA, tenente-brigadeiro Douglas Fraser, por sugestão da Polícia Federal, para discutir a proposta de criação de uma base “multinacional e multifuncional” no Rio de Janeiro.
“Não, não é verdade: não há possibilidade de uma base militar norte-americana no Brasil”, afirmou em entrevista a agência de notícias estatal argentina Telam ontem (6).
Marco Aurélio explicou que “há um programa de cooperação” com os EUA contra o narcotráfico, mas sem a possibilidade de instalação de uma base militar. “Nós não temos discurso duplo”, disse Garcia, lembrando as fortes críticas feitas pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por conta da instalação das bases militares na Colômbia.
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Na segunda-feira (6), o secretário adjunto dos EUA para a América Latina, Arturo Valenzuela, afirmou em Quito, Equador, que Washington negocia um novo acordo de cooperação com o Brasil. “Os EUA estão tramitando como sempre o fazem, porque quando se tem uma relação fluida com outros países do mundo, o que se busca é estabelecer acordos de cooperação”, disse na ocasião.
Os EUA já têm aproximadamente 200 oficiais de ligação no Brasil. São representantes do FBI, do DEA (agência de combate ao narcotráfico) e de outras instituições policiais e de segurança norte-americanas em atividade no país.
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