O presidente do México, Felipe Calderón, comandou neste domingo (19/9) cerimônias em recordação às pelo menos dez mil vítimas fatais deixadas por um terremoto que há 25 anos devastou grande parte do Distrito Federal.
“Fenômenos naturais como terremotos são inevitáveis, os próprios furacões são inevitáveis. O que podemos, sim, evitar ou minimizar é a perda de vidas humanas, os custosos danos materiais que empobrecem milhares, e no mundo, milhões de pessoas”, comentou ele.
Em uma solenidade no Palácio Nacional, o mandatário fez um chamado para que seja retificada a maneira com que são usados os recursos naturais – em dezembro, o país sediará a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática.
Efe
Familiares visitam cemitério na Cidade do México onde estão enterradas vítimas do terremoto de 1985
“Para consegui-lo, necessitamos, de um lado, uma cultura de responsabilidade com a natureza, mas de outro, melhores sistemas de proteção e avançar até uma nova cultura de prevenção e autoproteção”, acrescentou ele.
Como parte das homenagens, a bandeira nacional foi hasteada a meio pau na Plaza de La Constitución, a principal da cidade, conhecida como El Zócalo, e houve a execução do hino nacional. O ato, que contou com a presença de vários ministros e equipes de socorro, além do próprio Calderón, coincidiu com o Dia Nacional da Defesa Civil.
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Também no centro da Cidade do México, mas em outra região, o chefe de Governo local e opositor ao governo federal, Marcelo Ebrard, liderou homenagens em memória dos falecidos do terremoto, e instou os habitantes a se preparar para este tipo de contingência.
O abalo sísmico registrado há 25 anos foi sentido pela manhã e alcançou 8,1 graus na escala Richter. Houve danos e desabamentos de milhares de edifícios. Apesar das cifras oficiais registrarem dez mil mortos, organizações calculam que o número é de 45 mil vítimas fatais.
Depois da tragédia, a Cidade do México passou a realizar periodicamente simulações de evacuação em caso de tremor tanto em escolas como em escritórios públicos e privados. A capital, uma das áreas urbanas mais populosas do mundo, está localizada em uma zona de alta atividade sísmica.
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