O Ministério da Saúde cubano anunciou, diante da disseminação da variante ômicron e do aumento de casos da covid-19, novas medidas sanitárias e restrições aos turistas e viajantes que chegam ao país a partir desta quarta-feira (05/01) para conter o vírus.
A decisão foi informada pelo ministro da Saúde, José Angel Portal Miranda, que, segundo ele, por conta da alta demanda de viagens internacionais que chegaram à ilha após a reabertura das fronteiras em novembro, o país decidiu “modificar as medidas internacionais de controle sanitário e adotar outras de caráter geral”, que entrarão em vigor nesta quarta.
Miranda informou que viajantes da África do Sul, Lesoto, Botswana, Zimbábue, Moçambique, Namíbia, Malauí e Eswatini serão obrigados a apresentar o calendário de vacinação completo ao entrar em Cuba, assim como um resultado negativo de teste PCR realizado, no máximo, três dias antes da viagem. Mesmo com a apresentação, no ponto de entrada ao país uma nova amostra será coletada.
As autoridades cubanas indicaram que os viajantes provenientes dos referidos países africanos serão submetidos a uma quarentena de oito dias em um hotel designado para isso. O Ministério ainda explicou que no sétimo dia de isolamento será realizado um novo teste nos turistas e que, confirmando ser negativo, permitirá o fim da quarentena no oitavo dia.
No final de novembro foi detectado o primeiro caso da ômicron em Cuba em um viajante sul-africano. O jornal Cubadebate informou que até esta quarta-feira foram registrados 92 casos de contaminação pela variante em 13 províncias da ilha.
MinsapCuba
Reunião do Ministério da Saúde para decidir as medidas sanitárias de combate à disseminação da ômicron
Tripulantes e passageiros de navios comerciais vindos de portos estrangeiros também devem apresentar um comprovante de vacinação completo ao atracarem no país. Além disso, um teste PCR será realizado na chegada.
As autoridades sanitárias explicaram que as tripulações de aeronaves e navios de cruzeiro que permaneçam menos de 48 horas em Cuba serão excluídas das novas medidas, mas em ambos os casos deverão apresentar o comprovante de vacinação.
Os viajantes estrangeiros que chegam a Cuba para estudos nas escolas internacionais também serão obrigados a cumprir uma quarentena de oito dias. No entanto, para evitar aglomerações, o governo cubano decidiu pela suspensão de todas as atividades “massivas” no território.
Até segunda-feira (03/01), a ilha socialista havia imunizado mais de 86,5% de sua população com o esquema completo das doses, utilizando as vacinas produzidas dentro do país, como a Abdala e a Soberana 02.
(*) Com TeleSur.