Um decreto aprovado nesta sexta-feira (12/03) pelo governo do primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, determina que todo o país entrará na “faixa vermelha” de risco epidemiológico entre os dias 3 e 5 de abril devido à pandemia do novo coronavírus, período que vai até a “Pasquetta”, feriado nacional após a Páscoa.
Na faixa vermelha, as pessoas podem sair de casa apenas por “comprovados motivos de trabalho, saúde ou necessidade”, mas o decreto abre uma exceção para um deslocamento por dia para outra residência privada, limitando-se a duas pessoas, dentro da mesma região.
Esse regime também prevê o fechamento de bares, restaurantes e do comércio varejista não essencial, com exceção de serviços para retirada ou delivery. As diferenças para o lockdown vigente entre março e maio do ano passado estão nas igrejas, que podem realizar celebrações religiosas com público, e na indústria, que continua funcionando.
Atualmente, apenas três das 20 regiões da Itália estão na faixa vermelha: Basilicata, Campânia e Molise, todas no sul do país. O novo decreto do governo Draghi, que vale entre 15 de março e 6 de abril, também determina que, fora da Páscoa, todas as regiões que apresentarem índice superior a 250 novos casos semanais para cada 100 mil habitantes vão regredir para a faixa vermelha.
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Medidas econômicas
Paralelamente ao endurecimento das normas contra a covid-19, o governo italiano também chegou a um acordo para implantar medidas econômicas para ajudar famílias e empresas.
A principal delas é a prorrogação do bloqueio das demissões até o fim de junho. A proibição terminaria neste mês e vale para todas as empresas que usufruíram de desonerações fiscais e amortizadores sociais durante a pandemia.
Além disso, o governo vai destinar 290 milhões de euros para um benefício voltado a pais que precisam faltar no trabalho para cuidar de seus filhos de até 14 anos de idade. Trabalhadores autônomos, profissionais da saúde e policiais terão direito a um auxílio de 100 euros por semana para contratar babás.
A Itália é um dos países mais atingidos pela pandemia em todo o mundo e, até o momento, contabiliza mais de três milhões de casos e cerca de 101 mil mortes por covid-19.
(*) Com Ansa.