A cidade de Minneapolis baniu nesta sexta-feira (05/06) o uso da tática de sufocamento por parte de policiais em pessoas que estejam sendo detidas. A medida veio após a onda de protestos que tomaram os EUA por conta da morte de George Floyd, que foi assassinado por oficiais da cidade que o sufocaram durante uma operação de prisão.
Além disso, o Poder Legislativo do município aprovou uma resolução que determina que o chefe da polícia da cidade aprove previamente o uso de armas para controlar multidões – como balas de borracha e gás lacrimogêneo – antes de operações.
“Este é um momento em que podemos mudar completamente a maneira pela qual nosso departamento de polícia opera”, disse o prefeito da cidade, o democrata Jacob Frey.
Para esta sexta, estão previstos novos protestos em diversas cidades dos EUA, como Nova York e Washington. Ao mesmo tempo, em Houston, o corpo de Floyd está sendo velado, em uma cerimônia que deve durar até o dia 9 de junho, data marcada para o funeral.
Phil Roeder/Flickr
Medida veio após a onda de protestos que tomaram os EUA por conta da morte de George Floyd, assassinado pela polícia
Black Lives Matter Plaza
Na capital do país, a prefeita Muriel Bowser mandou que funcionários da prefeitura, com a ajuda de ativistas, pintassem a frase “Black Lives Matter” (Vidas Negras Importam) em uma avenida em frente à Casa Branca. A prefeita também anunciou no começo desta tarde que a 16ª avenida, onde as palavras foram colocadas, passará a se chamar Black Lives Matter Plaza.
A Casa Branca em si está cercada por grades altas desde que, em um dos dias de protesto, as luzes do prédio foram desligadas com a aproximação dos manifestantes. O presidente Donald Trump pediu que o Pentágono deslocasse tropas da Guarda Nacional para Washington, embora Bowser tenha suspendido o toque de recolher que vigia desde o começo desta semana e pedido ao presidente que retirasse a Guarda da cidade.
Nesta sexta, Trump, criticou pelo Twitter (como de costume) o pedido de Bowser, dizendo que a Guarda Nacional a salvou de “um grande constrangimento”. “Se ela não tratar estes homens e mulheres bem, vamos trazer um grupo diferente de homens e mulheres”, escreveu.