O papa Francisco falou sobre a abertura da 26ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP26) de Glasgow, durante o Angelus deste domingo (31/10), e cobrou que os políticos ouçam o “grito da terra e dos pobres” durante os debates.
“Rezemos para que o grito da terra e o grito dos pobres sejam escutados. Que esse encontro possa dar respostas eficazes oferecendo esperança concreta às gerações futuras”, disse aos fiéis durante a cerimônia.
Ao lembrar de problemas ambientais recentes, o pontífice expressou sua proximidade à região italiana da Sicília que, após fortes tempestades, registrou três mortes por conta do mau tempo.
Também citou o Haiti, devastado por grandes terremotos e furacões nas últimas duas décadas e as inundações recentes no Vietnã, que evacuaram “milhares de pessoas”.
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‘Que esse encontro possa dar respostas eficazes oferecendo esperança concreta às gerações futuras’, declarou Francisco
“Penso também na população do Haiti, que vive no limite de suas condições. Peço aos responsáveis das nações de apoiarem esse país, de não deixá-lo sozinho. E vocês, quando voltarem para casa, busquem notícias sobre o Haiti e rezem, rezem muito por eles. Quanto sofrimento, quanta dor nessa terra… quanto abandono! Não os abandonemos”, pediu.
Francisco ainda informou que, por conta da COP26, a Santa Sé inaugurou neste domingo uma exposição chamada “Laudato Si'”, o mesmo título da encíclica sobre ecologia e sociedade escrita pelo pontífice em 2015. As fotos expostas foram feitas por um jovem de Bangladesh, segundo o líder católico.
No Twitter, em alusão à COP26, escreveu que “este é um momento de sonhar alto, de repensar nossas prioridades – o que valorizamos, o que queremos, o que buscamos – e de repensar nosso futuro, comprometendo-nos em agir a cada dia de acordo com o que sonhamos. Agora é o momento de agir juntos”.
(*) Com Ansa.