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Política e Economia

Uribe usou arquivos das FARC para incriminar Chávez e Correa, revela Wikileaks

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Uribe usou arquivos das FARC para incriminar Chávez e Correa, revela Wikileaks

Daniella Cambaúva

2011-05-23T15:28:00.000Z

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O governo do ex-presidente colombiano Álvaro Uribe (2002-2010) manipulou informações contidas nos computadores de "Raúl Reyes" -- codinome de um dos líderes das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), assassinado em 2008 --, para vincular o presidente venezuelano, Hugo Chávez, e o equatoriano, Rafael Correa, à guerrilha, de acordo com despachos vazados pelo Wikileaks.

Uma série de despachos publicados pelo jornal colombiano El Espectador informou que a administração Uribe utilizou "estrategicamente" o material que foi entregue a vários países e "que inclusive conseguiu fundos privados para que um organismo estrangeiro direcionasse às conclusões”. O trecho se refere ao relatório do Instituto de Estudos Estratégicos (IISS) "Dossiê das FARC: os arquivos secretos de Venezuela, Equador e Raúl Reyes", publicado este mês.

Clique aqui para acessar.

Um dos documentos – datado apenas um mês após a operação militar colombiana que matou o guerrilheiro, no Equador – revela que o então ministro da Defesa, Juan Manuel Santos [atual presidente], como o vice-ministro Sergio Jaramillo, haviam confirmado que se planejava utilizar o material apreendido para provar conexões dos presidentes da Venezuela e do Equador com as FARC.

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Jaramillo foi designado por Uribe para "desenvolver a estratégia de utilização dos conteúdos do computador de Reyes". Número dois das FARC, o guerrilheiro foi abatido em um acampamento localizado em território equatoriano, a 1.800 metros da fronteira com a Colômbia, em março de 2008.

A operação causou um desentendimento entre Quito e Bogotá e provocou a ruptura das já desgastadas relações diplomáticas entre o governo Uribe e Chávez. No ataque, morreram 26 pessoas, entre elas Reyes, o equatoriano Franklin Aisalla e quatro estudantes universitários mexicanos. Os três países renovaram as relações diplomáticas no ano passado, após Santos assumir a presidência.

O documento diplomático mostra ainda que o governo colombiano esperou que a Interpol (polícia internacional) verificasse a informação dos computadores de Reyes para depois entregar o material a uma organização independente, que não fosse ligada nem a Bogotá, nem a Washington.

O então ministro Santos entregou toda a informação aos Estados Unidos, mas deixou claro ao embaixador norte-americano William Brownfield que fazia a entrega daquele material mediante a condição de que seu conteúdo não fosse divulgado sem antes consultar previamente a Colômbia.

Paralelamente, Jaramillo viajava a cada semana para mostrar informação dos computadores de Reyes a distintos governos, entre eles do México, Brasil, Chile, Reino Unido e França. Na semana passada, a Corte Suprema de Justiça concluiu que o conteúdo dos e-mails de Raúl Reyes não poderia constituir prova judicial.

Na última sexta-feira (20/05), Santos assegurou que o procedimento realizado com os computadores foi correto. No dia 10 de maio, o governo colombiano havia dito que não faria comentários acerca da pesquisa do IISS. O estudo se baseou na informação contida nos computadores do guerrilheiro número dois.

Por sua vez, o ministro de Defesa de Equador, Javier Ponce, respondeu também na sexta-feira que "ficam desvirtuadas" as acusações de apoio das FARC à campanha presidencial do presidente Correa, quando a Corte de Justiça colombiana invalidou como provas os e-mails de Reyes.


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Arqueologia

Explosivos da 2ª GM são achados perto de templo grego na Itália

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Artefatos foram descobertos no Vale dos Templos, famoso ponto turístico da colonização grega na Sicília

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2022-05-23T18:00:00.000Z

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Dois artefatos bélicos da época da Segunda Guerra Mundial foram encontrados dentro do Parque Arqueológico Vale dos Templos, atração turística que reúne diversas construções da época da colonização grega na Sicília.

Os objetos estavam a cerca de 150 metros do Templo de Hera, chamado de Juno pelos romanos, e foram descobertos por funcionários de uma empresa de jardinagem que faziam trabalhos de manutenção no terreno.

A área foi isolada pela Arma dos Carabineiros, que avisou um esquadrão antibombas para preparar a remoção dos artefatos. 

O Vale dos Templos é uma das atrações mais populares da Sicília e recebe milhares de visitantes todos os anos.

(*) Com Ansa

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