Um imigrante marroquino, de 41 anos, em greve de fome há cinco meses, morreu nesta semana em um hospital da cidade de Teruel, na Espanha. Tohuami Hamdaoui cumpria 15 anos de pena pelo estupro de uma menor de idade e pelo roubo de um telefone celular, uma tiara de prata e cinco euros.
Hamdaoui dizia ser inocente e havia pedido uma revisão da condenação. Como nenhuma nova prova foi apresentada, o caso não foi reaberto e ele iniciou a greve de fome. Quatro meses atrás, 30 dias após o início do protesto, foi emitida uma ordem judicial determinando que ele deveria receber alimentação forçada. A medida não foi suficiente e sua saúde piorou.
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Esse é o segundo preso comum que morre na Espanha em consequência de greve de fome. Em junho de 2002, Albert Panadeé, de 45 anos, morreu em Barcelona um mês após ter começado um protesto semelhante. Ele tinha sido condenado por roubo e pedia liberdade condicional.
Hamdaoui negava ter violentado a menor, mas ela o reconheceu no julgamento. Testemunhas também declararam ter visto o marroquino na região do crime e um amigo negou ter estado com ele, como o acusado havia alegado. Segundo o jornal local El Correo, a Justiça rejeitou uma das provas favoráveis a Hamdaoui: o casaco que a vítima vestia tinha restos de sêmen, mas não coincidiam com o DNA do condenado.
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