Hoje na História: 1676 - Vaticano anuncia o papa Inocêncio XI
Hoje na História: 1676 - Vaticano anuncia o papa Inocêncio XI
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Inocêncio XI foi o papa de número 241
Luis XIV, o “Rei Sol” da França, se opôs à eleição do cardeal Benedetto Odescalchi como papa, mas acabou cedendo diante da pressão manifestada pelos cardeais romanos. O cardeal Odescalchi, eleito, assumiu o Trono de Pedro em 21 de setembro de 1676, adotando o nome de Inocêncio XI.
Assim que eleito, de imediato decretou uma severa redução de gastos inúteis na cúria romana, passando a viver de forma bastante simples e apelando aos demais cardeais para seguirem o seu exemplo.
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Durante seu pontificado, ajudou as camadas mais pobres e lutou contra a escravatura e o nepotismo. Tentou melhorar as relações entre o reino francês e o Santo Império Romano Germânico e apoiou a coalizão católica em sua cruzada contra os turcos.
Papa e beato da Igreja Cristã Romana, nasceu em Como. Depois de abandonar a carreira militar, decidiu seguir a carreira eclesiástica. Exerceu cargos importantes na administração pontifícia, valendo-se de sua preparação jurídica. Era querido pelo povo porque trabalhava pelos pobres.
Nomeado cardeal pelo papa Inocêncio X (1645), foi governador de Ferrara e bispo de Novara. Elevado ao pontificado como sucessor de Clemente X (1670-1676), mostrou-se terminantemente contrário ao nepotismo e aboliu o cargo de cardeal ‘nepote’ (sobrinho em italiano) e, além disso, procurou realizar a reforma dos costumes sociais.
Teve fortes contendas com o rei Luís XIV. O rei bem que tentou melhorar as relações com o papa: revogou o Édito de Nantes, que garantia a liberdade religiosa, tanto a católicos como a protestantes e passou a perseguir estes últimos. Mas o papa não apreciou tal gesto, manifestando seu desgosto pela violência e perseguição. Inocêncio XI decretou que em Roma os diplomatas não poderiam mais gozar do privilégio de conceder direito de asilo a criminosos. Tendo o papa notificado o embaixador francês de que não seria mais reconhecido como representante da França a menos que renunciasse a tal direito.
O embaixador não aceitou, recorrendo à força de 800 homens para tomar o palácio pontifício. O papa o excomungou e decretou a proibição da Igreja de S. Luís dos Franceses, na capital romana.
Valendo-se da obra do cardeal secretário de Estado Cybo, aplicou rígidas regras de economia com o objetivo de sanear as finanças do Vaticano e acabou com o déficit do tesouro papal, num período de dois anos. Mostrou-se reticente com os jesuítas e condenou o teólogo Molinos (1687).
Na defesa da autoridade do papa e na preservação do respeito aos direitos da Igreja, entrou em conflito com o rei da França, Luís XIV, por causa da histórica Declaração dos Quatro Artigos (1682), que afirmava as liberdades galicanas.
Outros fatos marcantes da data:
21/09/1792 - Monarquia é abolida na França
21/09/1992 - Boris Ieltsin dissolve o Parlamento russo
21/09/1964 - Malta passa a integrar, como país independente, a Comunidade Britânica de Nações
21/09/1969 - França e Reino Unido desistem da produção de uma segunda série do supersônico Concorde
Nem mesmo depois que as tropas francesas ocuparam Avinhão submeteu-se a autoridade real. Frustrado na formação de grande cruzada cristã contra os turcos, contribuiu para a conclusão do Tratado de Nimega (1677-1678), da Trégua de Ratisbona (1684) e para a Liga Santa em defesa de Viena (1683) e de Budapeste (1686), contra a ofensiva turca.
Papa de número 241, morreu em 12 de agosto de 1689, em Roma, sendo sucedido por Alexandre VIII (1689-1691). Viveu com parcimônia e era muito preocupado com a pureza da fé e da moral na Igreja. Insistia na educação da fé e na formação dos monges e incentivava os fiéis à comunhão frequente. Venerado como santo, foi beatificado pelo papa Pio XII em 1956.
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Justiça brasileira demonstrou plena autonomia, diz Fernández ao celebrar nulidade das condenações contra Lula
Para o presidente argentino, o Supremo Tribunal Federal 'deu uma lição' ao mostrar 'capacidade de se auto revisar' em relação ao caso do petista
O presidente da Argentina, Alberto Fernández, disse na manhã desta sexta-feira (16/04) que o Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil demonstrou "plena autonomia" ao formar maioria e anular todas as condenações contra o ex-mandatário Luiz Inácio Lula da Silva no âmbito da Operação Lava Jato.
Para o argentino, a Justiça brasileira "deu uma lição" ao mostrar sua "capacidade de se auto revisar" em relação ao caso de Lula.
"A Justiça brasileira deu uma lição demonstrando sua capacidade de se auto revisar e decidir com plena autonomia. Ontem, a qualidade do Estado de Direito deu um passo muito importante em nosso amado Brasil", afirmou.
Nesta quinta-feira (15/04), por oito votos a três, os ministros do STF decidiram seguir a compreensão do relator Luiz Edson Fachin e negar o agravo apresentado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que pedia a reversão da decisão que tirou de Curitiba a competência sobre os processos do petista.
Fernández, que na semana passada indicou estar preocupado com a possibilidade de uma retomada de "perseguição a Lula", celebrou a recuperação dos direitos políticos do ex-presidente. "Há dias expressei preocupação com o temor de que o STF revogasse a anulação dos processos e sentenças que Lula tem sofrido nos últimos anos. Ontem, foi conhecida a decisão do Supremo de confirmar essas nulidades. Assim, Lula recuperou todos os seus direitos políticos", disse.
Dias atrás expresé preocupación ante el temor que el STF revocara la anulación de procesos y condenas que @LulaOficial padeció en los años recientes.
— Alberto Fernández (@alferdez) April 16, 2021
Ayer se conoció la decisión del TSF de confirmar esas nulidades. @LulaOficial ha recuperado así todos sus derechos políticos. pic.twitter.com/fAlRlsYzN9

Reprodução
Presidente da Argentina declarou que ficou 'alegre' ao ver a 'força renovada' de Lula
O presidente da Argentina ainda declarou que ficou "alegre" ao ver a "força renovada" de Lula e suas "convicções sempre firmes, retomando plenamente aquela militância que o converteu em um líder na nossa região".
"Ambos sonhamos com uma América Latina unida que lute neste momento contra o flagelo da pandemia [da covid-19] e busque políticas que assegurem a igualdade social que não temos hoje", afirmou.
STF mantém nulidade das condenações de Lula
O Supremo Tribunal Federal formou maioria nesta quinta-feira e anulou todas as condenações contra o ex-presidente Lula nos casos envolvendo a 13ª Vara Federal de Curitiba, na Operação Lava Jato. Com a decisão, o petista recupera seus direitos políticos após ficar 580 dias preso e ser impedido de concorrer em 2018.
O plenário do Supremo deve decidir na próxima semana se a incompetência implica na anulação da decisão da 2ª Turma sobre a suspeição ou parcialidade do ex-juiz Sergio Moro, como propõe Fachin.
Também fica pendente a confirmação de qual foro receberá as ações que estavam em Curitiba.
(*) Com Brasil de Fato.