O cientista israelense Daniel Shechtman ganhou sozinho o Prêmio Nobel de Química deste ano pela descoberta dos quasicristais, informou nesta quarta-feira (05/10) a Real Academia de Ciências da Suécia.
O químico israelense foi reconhecido por seu trabalho “notável, solitário, tenaz e baseado em sólidos dados empíricos”, constou na argumentação da Academia.
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Schechtman comprovou, enfrentando o paradigma científico imperante, que as estruturas que formam os quasicristais não são periódicas, ou seja, os materiais não podem ser construídos pela repetição e justaposição de unidades menores, como um mosaico árabe.
Os quasicristais, também chamados sólidos quasiperiódicos, são maus condutores de eletricidade e extremamente duros e resistentes a deformação, por isso podem ser usados para recobrimentos protetores antiaderentes.
Shechtman, nascido em Tel Aviv em 1941, trabalha desde 1972 no Instituto de Tecnologia de Haifa, e se transformou nesta quarta-feira no único a ganhar sozinho o Nobel 2011 correspondente ao âmbito científico, já que os demais foram compartilhados.
O Nobel de Química fechou a rodada científica dos prêmios, que abriu na última segunda-feira (03) com o de Medicina para o americano Bruce Beutler, o franco-luxemburguês Jules Hoffmann e o canadense Ralph Steinman, falecido na última sexta-feira (30).
Na terça-feira (04) foi anunciado o de Física, dividido entre os astrônomos americanos Saul Perlmutter, Brian P. Schmidt e Adam G. Riess.
Na próxima quinta-feira (06), será divulgado o vencedor da láurea de Literatura e, na sexta-feira (07), o da Paz. Na segunda-feira (10) será a vez da distinção de Economia, encerrando a série.
A entrega dos prêmios será realizada, como manda a tradição, em duas cerimônias paralelas, em Oslo para o da Paz e em Estocolmo para os demais, no dia 10 de dezembro, aniversário da morte de Alfred Nobel.
Os prêmios Nobel são dotados de 10 milhões de coroas suecas – o equivalente a 1,1 milhões de euros – para cada uma das seis disciplinas.
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