Uma subsidiária da companhia de construção brasileira Odebrecht deve assinar acordo nesta sexta-feira (09/11) com a estatal Azcuba para controlar um moinho de açúcar em Cuba, informaram duas fontes à agência de notícias Reuters.
Caso o contrato com a COI (Companhia de Obras em Infraestrutura) seja formalizado, representará a primeira abertura do governo cubano ao capital estrangeiro no setor.
“Com o acordo, vamos controlar o moinho por 13 anos, modernizá-lo e trazer um novo maquinário para a colheita e o transporte de cana”, afirmou uma das fontes que participa da negociação.
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O executivo ainda afirmou que a companhia começará a trabalhar “na semana que vem para a colheita a ser iniciada em dezembro”.
Em 2011, Cuba produziu 1,4 milhão de toneladas de açúcar, pouco menos de 1% do total mundial.
Negociações entre o governo local e empresas estrangeiras têm sido divulgadas há vários anos, com nenhum resultado prático até o momento. Ao menos outras três companhias estariam em conversações com Havana para entrar no setor açucareiro, segundo a Reuters.
Os investidores estrangeiros são proibidos pela lei cubana de possuírem terras no país. No caso do açúcar, a solução a esse entrave seria a administração de moinho por companhias de outros países, sem que elas passem a ter propriedade do território.