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Política e Economia

Portugal envelhece e idosos sem substitutos permanecem trabalhando para ter renda

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Os motivos vão desde o prazer do ofício até a necessidade econômica, agravada com a crise e o desemprego

Gilberto Costa

2013-06-23T19:45:00.000Z

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É cena comum no comércio de Lisboa ver idosos trabalhando. Não há estatística oficial sobre o fenômeno, porque muitos se ocupam informalmente e por conta própria. Especialistas [fazer link com a entrevista de Manuel Cabral] consideram que há mais de uma razão para as pessoas acima dos 65 anos continuarem trabalhando. Os motivos vão desde o prazer do ofício até a necessidade econômica, agravada com a crise e o desemprego que afeta filhos e netos em idade ativa.

Há também quem ainda trabalhe para manter-se em atividade e, assim, cuidar da saúde. É o que explica Júlia Rodrigues Azevedo Nunes, de 77 anos, dona há mais de 40 anos de uma pequena mercearia. “A médica não quer que eu largue isto. Enquanto estou aqui, estou entretida. Vem uma pessoa e conversa. Aqui é meu passatempo”, disse Dona Júlia à Agência Brasil antes de aconselhar que “ir para casa é morrer mais depressa”.

Além da saúde, há quem trabalhe porque não tem descendente que o substitua. No caso de Dona Júlia, a única filha é dona de uma boutique e os dois netos ainda estão estudando, e mais ninguém na família se interessa por trabalhar na mercearia, revela. A falta de pessoas que substituam os mais velhos nas atividades laborais é um fenômeno no país, que tem cada vez menos crianças, adolescentes e adultos na chamada idade ativa, até 65 anos.

“Desde 2010 que o número de pessoas potencialmente a sair do mercado de trabalho (pessoas de 55 a 64 anos de idade) não é compensado pelo número de pessoas potencialmente a entrar no mercado de trabalho (pessoas com 20 a 29 anos de idade); em 2012, por cada 100 pessoas potencialmente a sair do mercado de trabalho apenas 89 estariam potencialmente a entrar no mercado de trabalho”, descreve boletim publicado na semana passada pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE) de Portugal.

Conforme o INE, o número de idosos para cada 100 pessoas em idade ativa cresce desde 1991. No ano passado, para cada 100 pessoas em idade ativa residiam em Portugal 29 idosos. A tendência é de mais envelhecimento no futuro próximo. Desde a virada do século, o número de pessoas com mais de 65 anos é maior do que de crianças e adolescentes em Portugal.

De acordo com a Fundação Francisco Manuel dos Santos, que na semana que passou promoveu o seminário O país pode morrer de velho?, “o número de pessoas com 65 e mais anos nunca foi tão alto, em Portugal, como atualmente”, e muitos vivem só. A maioria (52%) das “famílias unipessoais” têm 65 ou mais anos. Duas razões demográficas explicam o envelhecimento: a elevada expectativa de vida (hoje em quase 80 anos) e diminuição da fecundidade. A taxa de fecundidade da portuguesa é de 1,28 filho, abaixo do índice no Brasil (1,9 filho) e da taxa mínima para que haja crescimento populacional (2,1 filhos).

A situação demográfica está fazendo com que brasileiros estudem o envelhecimento em Portugal. Este é o caso de Wilson José Alves Pedro, professor de gerontologia da Universidade Federal de São Carlos – SP, e de Janaína Alvarenga Aragão, professora de enfermagem da Universidade Estadual do Piauí, que fazem pesquisa no Instituto do Envelhecimento da Universidade de Lisboa.

Segundo a professora, o Brasil, que sempre foi jovem, se depara com realidade nova e o Estado e a sociedade devem “garantir que apesar da necessidade de cuidados, as pessoas [idosas] possam definir o que querem”. O protagonismo da população também é defendido por Wilson Pedro, que sugere a “escuta permanente” da população entre profissionais e organizações que atendam ao público. Chama atenção dele a independência e a circulação de idosos em Lisboa, o que em parte se deve às políticas públicas. “Aonde a gente vai, observamos as pessoas com suas garantias de mobilidade”.

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Política e Economia

Elon Musk é processado por acionistas do Twitter

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Ação nos EUA acusa bilionário de fazer postagens em redes sociais com objetivo de manipular o mercado

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-05-27T18:56:00.000Z

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Acionistas do Twitter abriram um processo contra o empresário Elon Musk por manipulação de mercado, acusando o bilionário de agir para baixar o preço das ações da empresa de mídia social a fim de possivelmente negociar um desconto em sua oferta para comprar a companhia ou mesmo abandonar o negócio.

A ação, apresentada na quarta-feira (25/05), alega que o fundador das empresas Tesla e SpaceX fez uma série de declarações públicas destinadas a criar dúvidas sobre o acordo de compra do Twitter, o que vem provocando alvoroço na rede social há semanas.

O processo pede a um tribunal federal de São Francisco que apoie a validade do acordo de compra, no valor de 44 bilhões de dólares, e compense os acionistas por quaisquer danos.

O imbróglio

No fim de abril, o conselho de administração do Twitter aprovou a oferta pública de compra da empresa feita por Musk, que assumiria a companhia integralmente e fecharia seu capital. O Twitter é uma empresa aberta, com ações negociadas em bolsa, desde 2013.

O empresário, que é o homem mais rico do mundo, disse que pretendia pagar aos acionistas 54,20 dólares por ação – o equivalente a cerca de 44 bilhões de dólares.

Mas em 13 de maio, Musk anunciou que suspendeu temporariamente o acordo de compra, citando detalhes pendentes sobre a proporção de contas falsas na rede social.

"O acordo sobre o Twitter está temporariamente suspenso à espera de detalhes pendentes que respaldem o cálculo de que as contas spam/fake representam de fato menos de 5% dos usuários", escreveu o bilionário no próprio Twitter.

Após o anúncio, as ações da plataforma caíram mais de 17%, para 37,10 dólares, o nível mais baixo desde que Musk anunciou que pretendia comprar a rede social.

Dado Ruvic/REUTERS
Com preço das ações mais baixo, Musk poderia negociar um desconto em sua oferta para comprar a empresa ou mesmo abandonar o negócio

De acordo com o processo apresentado nesta semana, o tuíte de Musk dizendo que o negócio estava "temporariamente suspenso" ignora o fato de que não há nada no contrato de compra que permita que isso aconteça.

Além disso, Musk negociou a compra do Twitter no final de abril sem realizar a devida diligência esperada em tais meganegócios, afirma a ação, acrescentando que o contrato precisava apenas ser aprovado pelos acionistas e reguladores do Twitter e deveria ser fechado em 24 de outubro.

"Musk já sabia das contas falsas"

Sobre os motivos alegados por Musk para a suspensão, os acionistas argumentam que o bilionário estava ciente de que algumas contas do Twitter eram controladas por robôs, e não por pessoas reais, e até tuitou sobre isso antes de fazer sua oferta para comprar a empresa.

"Musk passou a fazer declarações, enviar tuítes e se envolver em condutas destinadas a criar dúvidas sobre o acordo e reduzir substancialmente as ações do Twitter", diz a denúncia.

Segundo a ação, o objetivo do empresário era ganhar vantagem para adquirir o Twitter a um preço muito mais baixo, ou desistir do acordo sem sofrer nenhuma penalidade.

"A manipulação de mercado de Musk funcionou – o Twitter perdeu 8 bilhões de dólares em avaliação desde que a compra foi anunciada", afirma o texto.

As ações do Twitter na quinta-feira fecharam ligeiramente em alta a 39,52 dólares, em um sinal de dúvida dos investidores de que a compra será consumada ao valor de 54,20 dólares por ação que Musk originalmente ofereceu.

"O desrespeito de Musk pelas leis de valores mobiliários demonstra como alguém pode ostentar a lei e o código tributário para construir sua riqueza às custas dos outros americanos", afirma a ação.

O Twitter disse em documentos regulatórios que está comprometido em concluir a aquisição sem demora no preço e nos termos acordados. Musk ainda não se pronunciou.

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