Os Estados Unidos recebem mais de um milhão de imigrantes a cada ano e são o país com o maior número de estrangeiros vivendo dentro de suas fronteiras (45,8 milhões). Os dados são de um estudo da ONU que revelou ainda que 232 milhões de pessoas vivem fora de seu país de origem, ou 3,2% da população mundial.
Dos 45,8 milhões de imigrantes que vivem hoje nos EUA, quase 23 milhões entraram entre 1990 e 2013 – o que indica que o país continua sendo o destino preferido da maioria dos 17,4 milhões de migrantes do México e da América Central.
Os Emirados Árabes Unidos registraram o segundo maior número absoluto de migrantes internacionais desde 1990, sete milhões, e em terceiro lugar da lista aparece a Espanha, com seis milhões.
A metade dos 232 milhões de imigrantes internacionais se concentra em dez países. Além dos EUA, Rússia (11 milhões), Alemanha (9,8), Arábia Saudita (9,1), Emirados Árabes Unidos e Reino Unido, com 7,8 milhões cada, França (7,4), Canadá (7,3), Austrália (6,5) e Espanha (6,5 milhões).
A Europa continua sendo a região mais procurada, com 72 milhões em 2013 – seguida pela Ásia, com 71 milhões.
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Hoje, quase a metade dos imigrantes internacionais são mulheres (48%) e a maioria (74%) tem entre 20 e 64 anos. Os países desenvolvidos acolhem 136 milhões, e 96 milhões vivem em países em desenvolvimento.
Asiáticos e latino-americanos
Os migrantes asiáticos são o grupo mais numeroso, com 19 milhões na Europa, 16 milhões na América do Norte e três milhões na Oceania. Os nascidos na América Latina e no Caribe representam o segundo grande grupo de imigração: 26 milhões deles vivem na América do Norte.
“Estão surgindo novos países de origem e de destino e, em alguns casos, os países se transformaram em importantes pontos de origem, trânsito e destino simultaneamente”, afirma o diretor da Divisão de População do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU, John Wilmoth, no estudo.
A ONU divulgou os dados faltando menos de um mês para o Diálogo de Alto Nível sobre Migração Internacional e Desenvolvimento, que acontecerá dias 3 e 4 de outubro. O evento pretende definir medidas concretas para fortalecer a coerência e a cooperação em todos os níveis e destacar os benefícios da migração.
“Se a migração for regulada corretamente, pode contribuir para o desenvolvimento social e econômico dos países de origem e os países de destino”, destacou o subsecretário-geral da ONU, Wu Hongbo, que acrescentou que “é um meio essencial para aumentar o acesso a recursos e reduzir a pobreza”.