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Política e Economia

Jovem com doença incurável vira símbolo da defesa de testes em animais na Itália

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Caterina Simonsen passou a receber ameaças e insultos na internet após agradecer médicos por permanecer viva

João Novaes (*)

2014-01-02T18:20:00.000Z

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Reprodução/Facebook
Uma estudante de veterinária se tornou o principal símbolo na Itália pela defesa do uso de animais em testes medicinais após ter sido vítima de uma série de ataques e ameaças de morte de internautas que defendem o contrário.

Caterina Simonsen, de 25 anos, virou alvo de mensagens de ódio quando, no dia 21 de dezembro de 2013, postou uma mensagem em uma página do Facebook onde agradecia e apoiava a realização de testes em animais. Ela credita a esses testes o fato de ter conseguido sobreviver por mais um ano na luta contra quatro doenças pulmonares genéticas que enfrenta desde criança. Segundo a jovem, sem a pesquisa, ela teria morrido aos nove anos. “Vocês me proporcionaram um futuro”, agradeceu ela aos médicos, a quem considera seus melhores amigos.

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Ao todo, Caterina recebeu 30 ameaças de morte e cerca de 500 insultos, que estão sendo investigados pela polícia local.

O caso gerou repercussão nacional, fazendo com que ela ganhasse muitos apoiadores, que iniciaram a campanha #Io Sto com Caterina (ou #Eu estou com Caterina), incluindo influentes políticos italianos, como o líder da centro-esquerda Matteo Renzi, do PD (Partido Democrático).

Caterina, nascida em Pádua (nordeste da Itália) e que estuda na Universidade de Bolonha (centro), é obrigada a usar, durante a maior parte de seu dia, tubos de respiração que diluem o muco em seus pulmões, e passou cerca de metade de sua vida internada em hospitais. 

Como se mostrou imune aos efeitos dos tratamentos, ela se tornou uma cobaia humana, com uma série de equipes médicas buscando maneiras de ajudá-la a viver mais tempo. Aos 18 anos, os médicos disseram que ela não podia ser curada.
 


No último sábado (28/12), uma semana depois de ter sido criticada e ameaçada, teve de voltar ao hospital em razão de uma grave infecção. A família acredita que o stress pelo qual ela foi submetida desde que se manifestou nas redes sociais contribuiu para a piora de seu quadro clínico. Ela passou 12 semanas de 2013 no hospital e 24 semanas em terapia intensiva, um ano considerado bom por ela se comparado aos anteriores.

“Desta vez é um pouco mais sério que o habitual. Os médicos me disseram que terei de passar o Ano Novo no hospital”, disse Caterina ao jornal La Repubblica, em entrevista onde revelou que uma bactéria conseguiu imunidade aos tratamentos mais recentes. “Eles estão usando o antibiótico mais poderoso do que o habitual , a minha guerra com a bactéria está em pleno andamento”, disse ela por  telefone. Na quarta-feira (1º/01) ela disse que se sente melhor e aguarda uma data para colocar um novo catéter, com o qual poderá voltar para casa em cerca de uma semana.

O caso

Tudo começou quando Caterina escreveu, no dia 21 de dezembro, uma mensagem de apoio na página “A Favore Della Sperimentazione Animale” (ou “A favor da experimentação com animais”, em português). Não demorou para que ela começasse a receber uma enxurrada de mensagens de ódio, ameaças e insultos, tanto naquele post como em outros subsequentes da página. "Você pode morrer amanhã, eu não sacrificaria meu peixe de aquário por você", respondeu a internauta identificada apenas como Giovanna. Outro escreveu : "Se você tivesse morrido quando criança, ninguém teria dado a mínima”.

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Posteriormente, Caterina chegou a lançar um vídeo pelo La Repubblica explicando as dificuldades de seu dia a dia. No entanto, nem isso chegou a sensibilizar os defensores de animais, que questionaram se valia a pena viver desse jeito e se a vida de um humano é mais valiosa do que as dos animais: "Isso é o melhor que você tem, Caterina? Tenha uma boa vida então. Eu preferiria não viver se minha vida dependesse do sofrimento dos outros ou tomar milhões de vidas só porque a vida de outro vale menos do que a minha. Vergonha!”, escreveu uma internauta.

Resposta

Além de ter de ressaltar não está envolvida em lobbies da indústria farmacêutica ou de grupos políticos, Caterina promete resistir: "Animalistas nazistas não vão me parar. Estou lutando por minha vida", disse a estudante.

"Estou viva graças à medicina. Acordo todos os dias por causa da medicina. Tenho 25 anos graças a pesquisas genuínas que incluem experiências em animais. Graças à medicina e aos animais que foram sacrificados por ela eu posso estar sentada aqui", escreveu, em uma segunda mensagem no último dia 30.

Sobre seus detratores, ela afirma que se tratam, na maioria, de “ignorantes, mas não no sentido de imbecilidade, mas pela forma que ignoram a realidade, as leis e a medicina”. Ela lembrou que até mesmo alguns dos animais que os ativistas defendem muitas vezes dependem de medicamentos testados em outros para sobreviver. 

(*) com informações do site Daily Beast e do jornal italiano La Repubblica.
 

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Eleições 2021 no Equador

Arauz: ‘Este é um revés eleitoral, mas, de maneira alguma, uma derrota política ou moral’

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Candidato progressista pediu união e disse que os quase 4 milhões de votos que recebeu são um “mandato” para defender políticas que promovam justiça social

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2021-04-12T02:48:00.000Z

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O candidato progressista à Presidência do Equador, Andrés Arauz, reconheceu na noite deste domingo (11/04) a derrota no segundo turno das eleições no país para o direitista Guillermo Lasso. Para ele, no entanto, o resultado – uma diferença de cinco pontos percentuais – não é uma “derrota política ou moral”.

“Este é um revés eleitoral, mas de maneira alguma, é uma derrota política ou moral. Porque nosso projeto é de vida, é uma luta pela construção de um futuro mais justo e solidário para todos os equatorianos”, disse. “Hoje, não é um final, é o começo de uma nova etapa de reconstrução do poder popular.”

Ele pediu união dos equatorianos. “A partir de hoje, temos que voltar a ser só um Equador. Que viva o Equador. Nas campanhas, discutimos e propusemos com convicção, e buscamos nos diferenciar. Claro que lutamos por valores distintos, mas, hoje, chegou o momento de avançar. Temos que ter pontes e construir consensos”, afirmou.

Arauz disse que os quase 4 milhões de votos que recebeu são um “mandato”. “São um mandato, um compromisso de defender políticas que acompanham e promovam justiça social, a dignidade e a saúde pública e, em definitivo, o futuro dos equatorianos”, disse.

Reprodução
Arauz agracedeu o apoio dos equatorianos e pediu união ao país

O candidato, que era apoiado pelo ex-presidente Rafael Correa, lembrou que sua coalizão política, a União pela Esperança (Unes), é a mais forte do país. “Estaremos atentos ante qualquer tentativa de usar o estado para benefício de poucos privilegiados. Estaremos, como sempre fizemos, defendendo as grandes maiorias, o povo digno, o povo equatoriano.”

Arauz disse que ligaria para o presidente eleito, a fim de cumprimentá-lo pelo sucesso eleitoral, e falou que é um “ator responsável e democrático” no Equador.

“Após estas declarações, realizarei uma chamada telefônica ao senhor Guillermo Lasso, o felicitarei pelo triunfo eleitoral obtido no dia de hoje e o mostrarei nossas convicções democráticas, de poder seguir aportando ao desenvolvimento do país quando se trata de beneficiar a maioria do nosso povo e de nos opor, construtiva e responsavelmente, quando se busque simplesmente atender a privilégios. Nós somos um ator responsável e democrático no Equador”, afirmou.

Assista, na íntegra, ao discurso de Arauz:

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